11/11/2017

13º salário dos coelhenses deve ser utilizado para quitar dívidas

Segundo especialista, menos da metade do salário “extra” será destinado às compras

Da redação

Enquanto os comerciais de televisão evidenciam o apelo comercial que o período festivo traz, os lojistas de Engenheiro Coelho também se preparam para “salvar” um ano de recessão através do mês de dezembro. Parte do otimismo dos varejistas se dá pelo 13° salário, que algumas vezes pode significar aquele presente de natal que alegra tanto as crianças quanto os comerciantes.

Segundo um levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o número de carnês não pagos pelos consumidores na Região Metropolitana de Campinas (RMC) caiu 46,36% no último ano (de 24.098 para 12.925). Os lojistas ainda tiveram uma alta de 0,19% nas vendas no mesmo período, e de 1.30% no comparativo entre setembro deste ano com o mesmo mês em 2017.

Para o economista e diretor da ACIC, Laerte Martins, os números positivos do relatório estão ligados a fatores como o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados, que injetou na região R$ 311 milhões, e o dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

“O natal é sempre um respiro para esta ‘economia local’, mas, provavelmente, vai sentir sim os reflexos de um ano sem crescimento. O trabalhador, aquele que sente o maior impacto de um ano ruim para a economia, não deve esbanjar muito nos presentes, mas a queda na inadimplência significa sim um fim de ano positivo para o varejo”, explicou o diretor ao Portal Coelhense.

Comerciantes

Os varejistas de Engenheiro Coelho veem com anseio a aproximação da semana de festas. “A gente aproveita porque é a época em que o povo compra mais e tem mais dinheiro”, garante Selma Ferreira, que administra uma loja  de produtos em geral no centro do município coelhense.

Nilvo Rodrigues compartilha da mesma visão. “Se a gente não acha que vai vender no Natal, então não vai vender nunca”.

Outro lado

Quando a conversa muda de lado, porém, o destino do 13º salário dos coelhenses parece ser outro. Karla Tanaka afirma que irá viajar no final do ano, mas apenas com uma parte do salário extra. O restante já tem destino certo. “Com a outra parte vou liquidar umas dívidas”, relata. “Vou tentar pagar o IPVA, porque não sobra para mais nada”, garante Mayara de Sá.

IPVA e IPTU são mesmo os campeões entre as dívidas a serem quitadas com o dinheiro proveniente do 13º salário. Mesmo assim, alguns veem o momento com otimismo e garantem que o pagamento servirá para outras coisas. “Vou comprar mobília para meu apartamento e antecipar uma segunda compra”, afirma Jito Florencio, mostrando que, mesmo após um ano em que a Economia mais cambaleou do que cresceu, ainda há otimismo entre a população.

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