02/10/2017

Após 58 dias, estiagem dá trégua em Engenheiro Coelho

Meteorologia prevê 11 milímetros de chuva nesta segunda-feira (2)

Da redação

Engenheiro Coelho estava há 58 dias sem ver uma gota de chuva em toda a extensão de seu território. De acordo dados divulgados pela prefeitura do município, a última chuva na cidade ocorreu em 18 de agosto. Como consequência, a umidade relativa do ar se manteve abaixo dos 30% há várias semanas, colocando a cidade em estado de atenção e oferecendo riscos à saúde da população.

A situação, no entanto, foi amenizada na última sexta-feira (29), quando, de acordo com dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), 19,6 milímetros de precipitação foram registrados na cidade. No dia seguinte, sábado (30), mais 26,2 milímetros de chuva caíram sobre o município, e a temperatura máxima não passou dos 22°C.

Ao todo, 45,8 milímetros de chuva caíram sobre o território coelhense em dois dias.

A previsão do Climatempo para os próximos dias é de pancadas de chuva durante esta segunda-feira (2), com possibilidade de se estender até terça-feira (3). Ao todo, 14 milímetros de chuva são previstos, antes de mais um longo período de estiagem.

Umidade baixa

Durante os mais de 50 dias de escassez, o índice de umidade relativa do ar diminuiu acentuadamente em Engenheiro Coelho, apresentando riscos à saúde da população e ao meio ambiente. No município, as taxas atingiram níveis preocupantes.

Explicando de maneira simples, a umidade relativa do ar é a quantidade de água em forma de vapor que existe na atmosfera. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ideal de umidade oscila entre 40 e 60%. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) de São Paulo, o estado de atenção é declarado quando a umidade do ar fica abaixo dos 30%.

Se a umidade ficar abaixo de 20%, o estado de alerta é declarado. Já se o índice chegar a menos de 12%, é considerado situação de emergência. Segundo dados disponibilizados pela estação meteorológica de Engenheiro Coelho, que pertence ao Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), como resultado das últimas chuvas, o índice oscilou entre 21,7% e 71% durante o final de semana apresentando um “aumento considerável” se comparado à relação mensal.

No início do mês, dados revelados pela Ciiagro apontaram índices abaixo da marca de 20,7%, o que já é considerado estado de alerta. Os números da umidade permaneceram baixos durante várias semanas. Sobre o assunto, a Defesa Civil explica que, em momento como este, a hidratação é a principal ferramenta para manter uma saúde intacta. “O consumo de água mesmo sem sentir sede é recomendado neste período de baixa umidade, pois quando a boca está seca já significa que começou o processo de desidratação”, afirmou Dagoberto Lima, responsável pela pasta do município.

Segundo o CGE, a população deve tomar alguns cuidados quando a umidade do ar fica muito baixa, como evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, regamento de jardins; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas vegetadas e consumir água à vontade.

Ainda em questão de alerta, pequenas atitudes podem evitar grandes estragos, como não realizar nenhum tipo de queimada, não descartar fósforos ou cigarros às margens da rodovia ou em locais propícios à proliferação do fogo, não soltar balões e evitar acender fogueiras.

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