13/05/2018

Bizuí, um exemplo de mãe coelhense

Nesse Dia das Mães, o Portal coelhense conta a história de Maria Damiana de Jesus

Michael Harteman

Aprendemos na escola que um verbo está associado a uma ação. No entanto, quando falamos de amor, normalmente pensamos em um sentimento. Alguém que ama é alguém que faz, se dedica, se doa. Maria Damiana de Jesus, ou simplesmente, Bizuí, como é conhecida em Engenheiro Coelho, é um exemplo de mãe amorosa que durante toda a sua vida se entregou para os filhos. Não há dia como nesse domingo (13), dia das mães, para conhecer a história dessa senhora simpática e batalhadora.

Bizuí nasceu Arauá (SE), mas pode ser chamada de coelhense, já que veio para a terra da laranja há 53 anos. “Não tinha nada aqui, eram apenas duas ruas na cidade, muito pequenininho”, conta. Quando chegou, aos 23 anos, ela já tinha quatro filhos e estava grávida do quinto. Decidiu deixar o município sergipano para tentar a vida nos canaviais. “Cheguei a trabalhar como doméstica, mas praticamente minha vida toda foi na roça, cortando cana”, relembra Bizuí. Grávida, ela não media esforços para cuidar bem dos filhos. Trabalhava o dia todo, se sol a sol. “Eu saia de casa cinco da manhã e só ia chegar em casa seis horas da noite”, comenta.

Dedicação e força de vontade sobravam. As mãos que colocavam as crianças para dormir eram as mesmas que pegavam o podão para cortar cana. “Hoje meus braços estão cansados, já nem levanto direito, trabalhei a vida toda com serviço braçal e foi assim que criei todos os meus filhos”, comenta Bizuí. Para ser a mãe exemplar, Bizuí teve, em casa, o melhor exemplo. “Fui criada só pela minha mãe, perdi meu pai com cinco anos, nem me lembro da afeição dele”, afirma.

Engenheiro Coelho se desenvolvia, crescia, e a família de Bizuí também. Lembra né? Ela chegou em Engenheiro Coelho com 4 filhos, Terezinha, Paulo, Jorge Roberto (Negão) e Valter, além de estar grávida de José Silva, o primeiro coelhense nato entre os filhos. Mais tarde vieram outras cinco crianças, Luis Carlos (Manga), José Carlos (Milica), Luis Eduardo (Lemão), Giovana e Giovani. Todos cuidados com carinho, atenção e repreensão, enfim, amor. “Quando precisava chamar a atenção e ser brava eu era, se bem que naquela época era diferente, a mãe falava e o filho obedecia, respeitava”, conta Bizuí.

Bizuí nunca se casou. Criou os filhos sozinha. Passou para eles sabedoria e os conhecimentos da vida. Mais que isso, ela serviu de exemplo. “Nenhum filho meu seguiu para o mau caminho, todos eles trabalham e cuidam de suas vidas”, ressalta a mãe. Hoje, o exemplo de mãe também é passado para os netos, são 17, além dos bisnetos. Se o ditado de que ‘vó é mãe duas vezes’ for verdade, então Bizuí é mãe de carreira. Aos 76 anos, Maria Damiana de Jesus cuida de uma das netas, Ana Julia, prestes a completar 12 anos. No entanto, não é só pra ela que Bizuí tem muito a ensinar. “Sempre falo para os meus netos, sua vó trabalhou a vida inteira, parei depois de uma certa idade. Cortei cana, apanhei laranja. Era tudo serviço braçal, hoje não, o jovem tem um monte de oportunidades e tem que aproveitar, tem que querer trabalhar para cuidar da sua vida”, ensina.

Maria Damiana de Jesus, a Bizuí, é um exemplo de dedicação aos filhos. Feliz dia das mães, Bizuí!  

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