25/05/2018

Caminhoneiros falam sobre a paralisação em Engenheiro Coelho

Diversos profissionais estão parados na cidade

Da redação

A greve dos caminhoneiros tem deixado os postos sem combustível em todo país. A situação não é diferente em Engenheiro Coelho. Os três postos da cidade já não têm mais o combustível para vender, o que causa preocupação em diversos moradores. Além disso, diversos caminhoneiros estão parados na cidade como forma de protestar contra os altos preços do fluido.

Moacir Stahl, morador de Engenheiro Coelho, é caminhoneiro há 25 anos. Ele afirma que com o atual preço do combustível está muito complicado para trabalhar. “Meu lucro está sendo cortado, está muito difícil, meu trabalho está totalmente comprometido com um preço absurdo desse”, explica o caminhoneiro. Moacir transporta diversos tipos de carga e apoia a paralisação da categoria.

Tarcísio Lima da Silva é de Santa Catarina, mas passa por Engenheiro Coelho constantemente. “Faz pelo menos 15 anos que paro aqui na cidade”, comenta. O caminhoneiro se diz inconformado com os preços do combustível e garante que não voltará a trabalhar até o valor seja reajustado. “Os governantes fazem o que quer com o povo e a gente paga a conta, agora o povo está acordando, chega de pagar a conta deles”, exclama Silva.

O caminhoneiro Marcos Matias, também de Santa Catarina, afirma que essa não é apenas uma luta pela classe dos caminhoneiros, e sim por toda a população. “O povo tem que perceber que esse preço vai chegar também nas prateleiras do supermercado. Se a gente aumenta o frete por causa desse valor absurdo, a população também vai pagar”, comenta Matias.

Com a falta de combustível, diversas pessoas estão sofrendo para se locomover. Esse é o caso de Victor Esperança. Ele estuda em Engenheiro Coelho, no Centro Universitário Adventista Engenheiro Coelho (Unasp), mas mora em Mogi Mirim (SP). “Às vezes, venho para de carro e outras vezes com um amigo. Eu ainda tenho álcool no tanque, mas não sei o que vou fazer quando acabar. Recentemente estava abastecendo em posto de quinta categoria porque não dava mais para pagar em postos bons”, comenta o estudante. Ele também afirma que não sabe se terá combustível para estudar na próxima semana.

Kelly Lima mora em Engenheiro Coelho e trabalha em Artur Nogueira (SP). Com as viagens diárias, ela tem gastado bastante com combustível. “Esses preços são muito complicados, pois eles afetam não só o setor de transporte, mas também o preço dos produtos nos supermercados”, afirma a moradora. Kelly, que conseguiu nesta quinta-feira (24), afirma que está preocupada com a situação. “Essa paralisação pode afetar o abastecimento dos supermercados, é o que mais me preocupa”, afirma Kelly.

O Portal Coelhense conversou com pessoas ligadas à postos de combustível de Engenheiro Coelho, e a informação é de que não há previsão para que a situação seja normalizada.

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