03/08/2017

Capoeirista desenvolve trabalho social em Engenheiro Coelho

Guerreiro dá aulas gratuitas de capoeira no Projeto Educar e comunidade

Da redação

O Brasil é um país bastante diversificado, e nessa realidade, não é nem preciso pesquisar muito para saber que essa sentença é verdadeira. Basta olhar para o lado ou viajar para um outro estado para perceber as inúmeras características de um povo misturado, que divide o mesmo território nacional, mas de igual não tem quase nada.

Dentro desta diversidade, muitas iniciativas culturais tiveram espaço para evoluírem dentro dos pouco mais de 500 anos de vida da “Pátria Amada, Brasil”. E uma delas é a capoeira. Menosprezada por muitos e cultuada por outros tantos, a capoeira une corações e mostra que a cultura e o esporte podem andar de mãos dadas.

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Em Engenheiro Coelho, um professor de artes marciais tem feito a diferença no município e ensinado meninos e meninas a respeito das características da capoeira. Nesta quinta-feira, 3 de agosto, data em que é comemorado o Dia do Capoeirista, você, leitor do Portal Coelhense, conhecerá um pouco mais sobre a iniciativa da modalidade que acontece no município.

André dos Santos Marinho, conhecido carinhosamente por seus alunos como mestre Guerreiro, é professor de artes marciais (Muay thai e Kickboxing) e vencedor de diversos campeonatos nacionais e internacionais. A parede cheia de troféus e medalhas exemplifica apenas um pouco do muito que Guerreiro já fez pelo esporte. Baiano “perdido” em São Paulo, saiu para desbravar o Brasil com apenas 18 anos. Ele é capoeirista há mais de 25 anos e explica que essa é uma de suas principais fontes de alegria, bem-estar e satisfação.

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“Nós que praticamos a capoeira, sabemos que essa é uma demonstração muito mais cultural do que esportiva. A capoeira em si carrega muito significado e representa toda uma nação que sofreu durante muitos anos na época da escravidão. Representar e ensinar essa arte é motivo de muito orgulho para mim”, explica Guerreiro.

O capoeirista, que dá aulas da modalidade no município há 3 anos, desenvolve um trabalho voluntário em parceria com o Projeto Educar. Duas vezes por semana, os alunos atendidos pela iniciativa participam de aulas gratuitas de capoeira com Guerreiro e outros capoeiristas alunos do professor. De acordo com o profissional, mais de 150 crianças participam semanalmente das atividades na sede do projeto. “Trabalhar com crianças e adolescentes é algo muito impressionante. Eles aprendem e respondem muito rápido ao que nós ensinamos”, ressalta Guerreiro.

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Guerreiro ainda oferece aulas de capoeira gratuitas e abertas ao público de todas as idades no salão da Paróquia São Pedro. As aulas são realizadas duas vezes por semana – às segundas e quintas-feiras -, das 10h às 11h.

Para a coordenadora responsável pelo Projeto Educar, Luceli Teresani, o trabalho de Guerreiro tem beneficiado não só as crianças abraçadas pelo projeto, mas também suas famílias. “Quando o Guerreiro veio conversar conosco para desenvolver o projeto de capoeira aqui, muitos pais que não sabiam o que era a modalidade não queriam que seus filhos participassem. Muitos achavam que a capoeira era um tipo de luta violenta, e que não seria saudável para suas crianças”, comenta Luceli.

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Mas a coordenadora esclarece que a compreensão dos pais aconteceu aos poucos e foi resultado de muito esforço e dedicação do professor capoeirista. “Foi aos poucos que nós tivemos maior abertura com esses pais. Após muita explicação e paciência, eles começaram a entender o que a capoeira realmente representa e quais são os benefícios dela para o desenvolvimento de cada criança e adolescente”, explica Luceli.

Ainda de acordo com a responsável pelo Educar, o trabalho social realizado auxiliou as crianças e desenvolveu em suas famílias uma melhor compreensão do que a capoeira representa para a cultura e para o esporte brasileiro.

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