20/10/2017

Engenheiro Coelho cai de nível no Índice Paulista de Responsabilidade Social

Nova edição do levantamento foi divulgado nesta semana e coloca cidade no penúltimo patamar de classificação.

Da redação

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) divulgou nesta semana os resultados da nova edição do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A apresentação dos números referentes à região administrativa de Campinas (SP) foi realizada nesta quarta-feira (18) pelo deputado estadual Cauê Macris (PSDB), que também é presidente da Alesp.

Engenheiro Coelho, que pertencia ao Grupo 2 na edição anterior do levantamento, ficou no Grupo 4 dessa vez, caindo dois níveis na classificação. Embora tenha sido divulgada nesta semana, a nova edição do IPRS analisou os números referentes ao ano de 2014 e a variação em relação ao levantamento anterior, que analisou os números de 2012. O estudo é divulgado a cada dois anos e analisa todos os 645 municípios do Estado de São Paulo.

O índice classifica os municípios em cinco grupos, analisando a riqueza da cidade, a longevidade da população e o nível educacional. O Grupo 2 engloba localidades com bons níveis de riqueza, mas que não se refletem nos indicadores sociais (longevidade e educação), os quais se situam aquém dos registrados para os municípios pertencentes ao Grupo 1. O Grupo 4, onde está Engenheiro Coelho atualmente, é o de municípios que apresentam baixa riqueza e níveis intermediários de longevidade e/ou escolaridade.

Riqueza

No que se refere à riqueza, Engenheiro Coelho perdeu pontuação, mantendo o indicador abaixo do patamar do estado entre 2012 e 2014. Numa escala de 0 a 100, a cidade conseguiu apenas 41 pontos. A média estadual, assim como da região administrativa de Campinas (SP), foi de 47 pontos. O IPRS detalha a evolução da riqueza de Engenheiro Coelho comparando os resultados da pesquisa de 2012 e 2014 em quatro áreas:

  • O consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, na agricultura e nos serviços variou de 21,89 Megawatts/hora (MWh) para 20,24 MWh;
  • O consumo anual de energia elétrica por ligação residencial variou de 1,89 MWh para 1,94 MWh;
  • O rendimento médio do emprego formal cresceu de R$ 2.137 para R$ 2.312;
  • O valor adicionado fiscal per capita reduziu-se de R$ 24.005 para R$ 17.303.

Longevidade

O indicador que mede a longevidade da população coelhense se manteve abaixo do patamar médio estadual, ainda que tenha somado pontos em 2014. Numa escala de 0 a 100, Engenheiro Coelho conseguiu 68 pontos. A região administrativa de Campinas (SP) marcou 71; o estado, 70. A evolução da longevidade entre 2012 e 2014 foi medida com base em quatro taxas:

  • A taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) diminuiu de 13,09 para 10,61;
  • A taxa de mortalidade perinatal (por mil nascidos) variou de 16,82 para 17,04;
  • A taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (por mil habitantes) variou de 1,54 para 1,53;
  • A taxa de mortalidade das pessoas de 60 a 69 anos (por mil habitantes) decresceu de 13,78 para 13,13.

Escolaridade

Em Engenheiro Coelho, o indicador de escolaridade se manteve abaixo do patamar médio estadual, apesar de ter somado pontos no período. Numa escala de 0 a 100, o município marcou 52 pontos. A região administrativa de Campinas (SP) fez 61; o estado, 54. As variáveis com compõem essa dimensão entre 2012 e 2014 são:

  • A taxa de atendimento escolar de crianças de 4 e 5 anos cresceu de 81,0% para 85,5%;
  • A média da proporção de alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, variou de 46,5% para 49,4%;
  • A média da proporção de alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, elevou-se de 11,1% para 19,2%;
  • O porcentual de alunos com atraso escolar no ensino médio decresceu de 15,4% para 14,5%.

IPRS

O IPRS é fruto de uma parceria entre a Fundação Seade e a Alesp, por meio do Instituto do Legislativo Paulista (ILP). Ele é publicado a cada dois anos e é considerado uma ferramenta importante para avaliação e planejamento da gestão pública. Foi criado há 16 anos com o intuito mensurar o grau de desenvolvimento humano de todos os municípios paulistas.

Inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o IPRS analisa as dimensões riqueza, longevidade e escolaridade, de forma a caracterizar a posição de determinada unidade territorial (município, Região Administrativa, Estado) de acordo com sua situação em cada dimensão e também dentro de uma tipologia elaborada a partir da combinação dessas dimensões.

O IPRS é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) tanto por ser a primeira iniciativa de uma casa legislativa na construção de um instrumento de controle e acompanhamento do desenvolvimento, como também pela excelência técnica e metodológica empregada.

Os detalhes do estudo podem ser acessados no site da Alesp.

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