27/09/2017

Moradores de Engenheiro Coelho lamentam aumento no gás de cozinha

Preço da matéria prima subiu 6,9% na última terça-feira (26)

Nathália Lima

A notícia da capa desta quarta-feira (27) não traz espanto para ninguém: mais uma vez, o preço do gás utilizado em cozinha subiu. E quem paga o “pato” é o consumidor. Na última terça-feira (26), foi anunciado um aumento de 6,9% no valor pela matéria prima.

Em Engenheiro Coelho, a média de preço cobrada pelos botijões de gás de até 13 kg chega à R$ 70. Antes dos aumentos, o produto custava em torno de R$ 56. A população sentiu no bolso o resultado do aumento e se mostra alarmada com a notícia.

A responsável por uma das revendedoras de gás de cozinha de Engenheiro Coelho, que preferiu não se identificar, explica que o comércio do ramo deve repassar toda a porcentagem ao consumidor final. “Nós não temos muito o que fazer. Estamos vendendo o gás na média de R$ 65, e já está ruim para a população. Imagina agora que subiu de novo. O pior é que não temos como não repassar, senão a gente fica sem lucro”, reclama a comerciante.

Apenas em 2017, esta é a terceira vez que a Petrobras aplica reajuste ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), nome técnico do minério. Desta vez, se repassado todo o valor de aumento para o consumidor final, o gás será vendido a um preço 2,6% maior. Em agosto, a companhia reajustou o preço do gás de cozinha residencial em 6,9%. Em julho, o preço foi diminuído em 4,5%, após ter sido aumentado em 6,7% no mês anterior.

Para a moradora do bairro Universitário, Débora Marcelino, que tem dois filhos pequenos, o aumento no preço do gás é visto como lamentável. “Esse é um produto que não pode faltar dentro de casa. Quando acaba, é preciso comprar outro, porque a gente precisa cozinhar todos os dias”, explica a moradora.

“A última vez que troquei meu gás, eu paguei R$ 56 reais. Saber que esse valor subiu para R$ 70 aqui no município me preocupa muito. Esse não é um gasto que podemos postergar esperando que o preço melhore. É necessário ter gás em casa todos os dias, principalmente com filho pequeno”, assevera.

Atiçada pelo aumento dos preços, a também moradora de Engenheiro Coelho, Eliane Cordeiro da Silva se mostrou indignada com o aumento. “É absurdo, eu só consigo sentir revolta”, exclamou a moradora. Apesar da reclamação, a entrevistada deu uma ideia criativa para sair da dependência do gás de cozinha. E essa sugestão lembra “almoços de domingo na casa da vovó”. “Se eu pudesse mudar alguma coisa, eu gostaria de morar em algum lugar que tivesse lenha. Aí eu sempre usaria fogão à lenha para cozinhar, e nunca mais teria de comprar um botijão de gás”, sugere Eliane.

Revisão mensal

A nova política adotada pela pasta da Petrobras demanda uma revisão mensal do preço cobrado pelo GLP. De acordo com a estatal, o preço final repassado aos distribuidores será uma junção da média entre os preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

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