Preço médio da gasolina chega a R$ 3,544 por litro em Engenheiro Coelho

Da redação

As taxas de impostos sobre os combustíveis do Brasil subiram consideravelmente nos últimos cinco dias. O aumento é resultante de um decreto assinado na última quinta-feira (20) pelo presidente da República Michel Temer, que dobra o PIS/Cofins, imposto que incide sobre o combustível do país. Não obstante, os postos de Engenheiro Coelho levantaram a “bandeira vermelha” e aumentaram os valores cobrados pelos combustíveis. Nessa realidade, quem sentiu a diferença foi o público final, o consumidor.

O preço médio por litro da gasolina no município chegou a R$ 3,544, após menos de uma semana de decreto em vigor. Este e outros valores foram obtidos por meio de pesquisa realizada pelo Portal Coelhense nos postos da cidade. O levantamento também apontou os preços médios do etanol e do diesel comum, que acompanharam o aumento dos impostos e, também, subiram.

Após levantar os valores cobrados por litro de combustíveis nos 4 postos da cidade durante essa segunda-feira (24), calculou-se a média deles e chegou-se aos seguintes resultados:

COMBUSTÍVEL	PREÇO MÉDIO
GASOLINA	R$ 3,544
ETANOL	R$ 2,434
DIESEL	R$ 3,066

Quem não gostou nada desse aumento foram os coelhenses que utilizam os postos do município para abastecer. De acordo com Mário Augusto de Souza, morador de Engenheiro Coelho, o aumento é abusivo. “É um abuso do Governo esse aumento absurdo. Eles aumentam um imposto em cima dos postos de combustível e quem acaba pagando o ‘pato’ somos nós”, exclama o munícipe, enquanto abastece o carro.

Durante a pesquisa, percebeu-se que a diferença entre o valor médio da gasolina e do etanol chega a R$ 1,110. Em comparação com o diesel comum, a gasolina é R$ 0,478 mais cara. Já a diferença entre o diesel comum e o etanol chega a R$ 0,632.

Confira abaixo os menores e os maiores preços – por litro de cada combustível – encontrados nos postos da cidade:

COMBUSTÍVEL	MAIOR PREÇO	MENOR PREÇO	DIFERENÇA
GASOLINA	R$ 3,599	R$ 3,459	R$ 0,14
ETANOL	R$ 2,459	R$ 2,359	R$ 0,10
DIESEL	R$ 3,149	R$ 2,999	R$ 0,15

O empresário Moacir Massola, dono de um dos postos de combustível mais antigos do município, explica que as taxas cobradas em cima dos combustíveis não afetam apenas o consumidor final, mas atrapalham o funcionamento e a fluidez do trabalho. “O Governo é incompetente e quem paga é o povo. Nós não temos como não aumentar o preço nas bombas, porque esse imposto nos é cobrado direto na nota fiscal. Esse aumento só atrapalha o trabalho”, comenta Massola. “Hoje o carro é uma ferramenta de trabalho, não tem como trabalhar sem esse meio de transporte”.

Apesar dos problemas, Massola acredita que a situação tende a melhorar nos próximos meses. “Eu ainda tenho esperança de que daqui um tempo esse problema vai ser resolvido e a situação do país vai melhorar. Nós temos é que continuar lutando para que os ‘podres’ saiam do poder. Alguns já saíram, e espero que o resto caia também. Esse será o início das melhorias”, finaliza o empresário.

Pesquisas da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) revelam que os preços médios por litro da gasolina, do etanol e do diesel comum sofreram altas consecutivas entre 2013 e 2016. No entanto, o preço médio do combustível na região foi reduzido gradualmente. O preço médio da gasolina, por exemplo, teve uma retração de 4,90% entre junho de 2016 e junho de 2017, antes da assinatura do decreto federal.

Suspensão do aumento de tributos

Renato Borelli, juiz substituto da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu o aumento de tributos dos combustíveis. O reajuste resultou de um decreto assinado na última quinta-feira (20) pelo presidente da República Michel Temer, que dobrava o PIS/Cofins, imposto que incide sobre o combustível do país. Segundo Borelli, a elevação deveria ter sido executada mediante lei e não decreto.

……………………………………..

Tem uma sugestão de reportagem? Clique aqui e envie para o Portal Coelhense.