30/10/2017

Projeto que ajuda famílias amazonenses conta com moradores de Engenheiro Coelho

Salva-Vidas Amazonas já ajudou diversas famílias

Michael Harteman

O território brasileiro é composto por 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que abrigam mais de 200 milhões de pessoas. Tanto espaço e tanta gente formam um país repleto de riquezas culturais, especificidades e infelizmente, dificuldades. Algumas regiões usufruem de mais riquezas, outras, carecem dos serviços mais básicos. Um dos locais afetados pela falta de recursos é o estado do Amazonas, o maior do Brasil. Um projeto, idealizado pelo arquiteto e morador de Engenheiro Coelho, Rolf Maier, visa ajudar famílias de comunidades amazônicas. Denominado Projeto Salva-Vidas Amazônia, conta com a participação de diversas pessoas de Engenheiro Coelho. A ação tem mudado a história de diversas famílias do estado amazona.

Maier conta que, no início, achava o projeto muito difícil de ser executada. “Para ser bem honesto, eu achava a ideia muito utópica, já que a comunidade que desejávamos ajudar abrigava no máximo dez famílias e ficava muito distante”, explica o organizador. A comunidade citada por ele fica a 27 horas de barco do município de Manaus. As dificuldades, no entanto, não fizeram Maier desistir. “Deus tinha um propósito maior para tudo isso e inclusive na minha própria vida, mostrando-me mais uma vez que aos olhos Dele nada é impossível”, exclama Maier.

Maier é o criador do projeto

A iniciativa, que é um dos projetos desenvolvidos pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), desenvolve várias atividades em povoados do estado, como: visitações aos ribeirinhos, atendimento médico e odontológico, evangelismo, recreações com crianças, feiras de saúde. Maier realiza diversas missões que levam voluntários para colaborar com o projeto. “Nas missões que eu levo para o Amazonas podem participar trinta pessoas por vez, já que essa é a capacidade do barco”, explica Maier.

Camila Torres, estudante de jornalismo no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) campus Engenheiro Coelho, já participou de missões para o Salva-Vidas Amazônia. “trabalhar no Amazonas com comunidades ribeirinhas me ensinou ou melhor, me fez lembrar valores. Não que eu não tivesse, mas me fez refletir sobre eles”, reflete Camila. Ela conta que uma das coisas mais marcantes na missão é o tratamento que recebe das crianças amazonenses. “O carinho demonstrado por elas para nós é algo inexplicável, porque não nos conhecíamos e ficamos juntos por pouco tempo”, comenta. A estudante acrescenta que “A necessidade faz você se tornar útil seja pintando uma casa ou limpando um terreno”.

Camila afirma que participar da ação faz com que valores sejam lembrados

Outra pessoa feliz em participar do projeto é o estudante de teologia Richard Valença. Ele conta que participar é sempre desafiador, já que o voluntário precisa fazer longas viagens para chegar até o local a ser ajudado. “Foi marcante para mim passar tanto tempo em uma embarcação, sendo passar noite dormindo em redes, e saber que essa é uma prática comum naquela região”, comenta Richard. A diferença cultural também é algo que chama a atenção do estudante. “O choque cultural que você sofre ao conviver com comunidades desse tipo é sem precedentes”, ressalta. Richard acredita que é preciso ajudar ao próximo, mesmo que isso exija esforço e dedicação. “Somente através dessa experiência é que você consegue mensurar o quanto existem pessoas que estão relativamente perto de nós, e que necessitam tanto de nossa ajuda”, finaliza.

Luciano Gonçalves Sopper nunca imaginou que entraria em uma floresta para ajudar pessoas, mas o inimaginável se tornou realidade quando resolveu participar da missão. “As vezes estamos tão acostumados com a fartura, que não percebemos os pequenos detalhes da vida, como pessoas que não têm acesso a aquilo que nós temos”, afirma Luciano. Ajudar faz com que algo seja transformado no íntimo de cada um. “Entrar em contato com cada pessoa, me fez compreender uma outra realidade que antes era totalmente desconhecida para mim”, revela Luciano.

 A inspiração do Projeto Salva-Vidas Amazônia veio da história de Leo e Jessie Haliwell, um casal de americanos missionários da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que na década de 1930 atuava junto a essas comunidades com sua lancha. Os interessados em ajudar devem acessar o site do projeto.

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