83 “Orelhões” ainda estão disponíveis para uso em Engenheiro Coelho

Mariana Avanzzi

Apesar de serem invisíveis para muitos, os orelhões estão entre nós. E a maioria ainda funciona. Apesar do aparelho ter caído em desuso após a popularização dos telefones fixos e aparelhos celulares, alguns destes antigos dispositivos ainda estão presentes em ruas e avenidas de Engenheiro Coelho. Normalmente, eles são usados em uma emergência, como na falta de um celular. Assim, as pessoas acabam telefonando a cobrar ou até mesmo com cartão.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Engenheiro Coelho existem 83 “orelhões” de uso público em funcionamento, incluindo chamadas internacionais. Destes, 20 estão em áreas que não podem ser utilizados 24 horas por dia, ou seja, locais que fecham à noite e aos finais de semana como, por exemplo, órgãos públicos e estabelecimentos comerciais.

O levantamento também indica que 63 dos aparelhos estão acessíveis aos usuários em período integral nas ruas da cidade. Uma unidade fica ao lado da barraquinha de suco do senhor Benedito Rebelo que mora há 47 anos em Engenheiro Coelho. Rebelo conta que já usou muito o aparelho, mas confessou que hoje não compensa mais. “Eu sou da época de ficha, depois mudou para o cartão e as unidades do cartão vão embora muito rápido. Hoje, eu uso o celular porque não compensa mais”, explica o morador.

Nesta semana, a Presidência da República publicou um plano geral de universalização do telefone fixo. Assim, as empresas de telefonia fixa do Brasil não têm mais obrigação de instalarem telefones públicos nas cidades conforme o número de habitantes. Mas, os telefones ainda podem ser solicitados.

Na opinião da coelhense Ilda Ribeiro, seria bom que mantivesse alguns dos aparelhos em prédios públicos para emergência. “Também acho que não se deve gastar dinheiro com algo que ninguém utiliza, mas esses que ficam perto de pronto socorro, deveriam manter funcionando caso acabe bateria de celular e precise para uma emergência”, opina a moradora. Além disso, as empresas de telefonia têm até 2023 para se adequarem e melhorarem as ofertas de planos de internet 4G.

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