26/11/2017

Cantor de Engenheiro Coelho revela projetos para 2017

Em entrevista ao Portal Coelhense, Gustavo Forner explica quais são os principais desafios da carreira sertaneja que tem com o primo Thomaz Henrique

Nathália Lima

Uma dupla sertaneja promissora de Engenheiro Coelho tem levando o nome da cidade para vários lugares do Brasil. Thomaz Henrique & Gustavo, nascidos e criados no município coelhense, têm 22 anos, são primos e cantam música sertaneja. Com carreira de apenas um ano e meio, a dupla já realiza shows em casas noturnas de cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), de Minas Gerais e também do Mato Grosso do Sul.

Nascido de uma da famílias mais conhecidas de Engenheiro Coelho, Gustavo é filho do Sr. Piquico, mantenedor na Padaria Massa Fina que, desde o início, acreditou na capacidade da dupla. Com música no sangue, desde pequenos, Thomaz e Gustavo realizavam apresentações em quermesses, baladas sertanejas e churrascos de família. E foi num desses churrascos que a dupla teve a ideia de seguir carreira profissional.

Cidades como Artur Nogueira (SP),  Mogi Mirim (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP) já receberam a dupla. Para Gustavo, levar o nome da cidade onde cresceu é só uma forma de agradecimento pelo grande carinho demonstrado ao vivo e pelas redes sociais. Na entrevista deste domingo (26), conheça um pouco mais sobre a história da dupla Thomaz Henrique e Gustavo, de Engenheiro Coelho.

Como a música surgiu na vida de vocês? Bom, eu e o Thomaz somos primos, e temos muitos parentes músicos na famílias. Meu pai, o pai dele, nossos tios e avós, todos eles têm uma ligação íntima com a música. Então vem de geração, mas ninguém tinha pensando em se profissionalizar nessa área, sempre foi um hobby para todos. Nós dois somos os primeiros da família Forner. Na família, nós somos em 20 netos. Sempre que nascia um neto, meu avô dava de presente um violão e um cavaquinho. Os outros primos quase todos não se interessaram em aprender, só meu irmão mais velho. Na adolescência, eu pedi para meu irmão me ensinar a tocar cavaquinho e, depois disso, fui tomando gosto pela música, aprendi a tocar violão e nunca mais parei.

Em que momento vocês viram no ramo musical uma oportunidade de profissionalizarem-se? O Thomaz, antes de formarmos a dupla, já cantava profissionalmente com outra pessoa. Ele começo cedo, com uns 13 anos de idade, e sempre me chamava para cantar nos shows que fazia. Antes de pensar na música como profissão, eu estudava veterinária. Até que um dia, em um churrasco de família, a gente cantou, como de costume, e nossos parentes nos perguntaram: por que vocês dois não levam a carreira a sério? A partir daí, nós começamos a compor, a encontrar músicas para gravar e a divulgar nosso trabalho.

Há quanto tempo vocês estão na estrada? Nós montamos a dupla há um ano e meio. A nossa primeira ideia antes de começar a fazer shows e ir para a noite era saber se a opinião dos nossos amigos era a mesma da nossa família. Foi aí que decidimos gravar um vídeo e postar em uma rede social para ver a resposta do público. Em dois dias, o vídeo teve mais de 9 mil visualizações, aí a gente não teve dúvida que esse era o caminho que devíamos seguir.

Depois de um ano e meio, o que vocês têm sentido a respeito do mercado da música no Brasil? Bom, nós temos bastante concorrência na região. Tem surgido muitas duplas novas mas, ainda assim, nós temos a convicção de que, na música sertaneja, tem espaço para todo mundo. A nossa agenda tem sido consideravelmente cheia. Geralmente fazemos dois shows em um mesmo dia no fim de semana. E o público aceita bem a nossa música. Quando a fazer sucesso em rede nacional, eu e o Thomaz temos feito contatos e amizade com cantores que despontaram na mídia, como o Sorocaba, Bruno & Barreto, para compreender mais de como tudo isso funciona e mostrar nosso trabalho. O grande “segredo” desses cantores que estouram na mídia é o dinheiro investido. Sem dinheiro, é praticamente impossível fazer sucesso na televisão.


“Nossa família é a base de tudo que a gente já construiu. Por causa deles, nós começamos nessa empreitada com a música, e é com o apoio deles que temos forças para continuar”.


Qual tem sido a principal estratégia nesse início de carreira? Nós temos investido nas redes sociais e feito muitos contatos. A divulgação alcança bastante gente e isso tem produzido resultados. O que a gente não pode esquecer é que não é só as redes sociais que dão dinheiro para o artista. O que dá dinheiro é show. Então, é muito importante que o artista tenha isso em mente, e é o que a gente tem tentado fazer para alcançar um número ainda maior de pessoas.

Qual é a importância do apoio da família? Nossa família é a base de tudo que a gente já construiu. Por causa deles, nós começamos nessa empreitada com a música, e é com o apoio deles que temos forças para continuar. A alegria da minha avó é escutar nossas músicas na rádio. Eles são nossos primeiros fãs, as pessoas que compartilham nossas publicações no Facebook e que querem nos ver crescer e fazer sucesso nesse ramo.

Como é feita a escolha do repertório de vocês para shows? Bom, nós temos um público bastante misto. Tem gente que escuta mais Sertanejo Universitário, tem outros que gostam mais de Sertanejo Raiz, o “modão”, então a gente busca fazer um repertório misto, com músicas de vários estilos dentro do show, para agradar vários tipos de público. Nós cantamos músicas autorais também. O Thomaz é violeiro e ele também toca nas nossas apresentações.

Qual é a importância da música autoral para o Sertanejo Brasileiro? Como acontece o processo de composição? Tudo o que acontece na vida, no dia a dia, pode virar música. Eu tenho, do lado da minha cama, um violão que uso para compor sempre que algo vem à minha cabeça antes de dormir. A inspiração vem de todos os lugares. Eu tenho um primo que diz que vai arrumar uma mulher para mim porque eu preciso sofrer de amor para compor umas músicas sofridas (risos). Para a dupla é muito importante termos nossas músicas, porque elas têm a nossa cara como artistas.

Como é a relação de vocês fora do palco? Eu e o Thomaz, por sermos primos, temos uma relação muito próxima desde antes de formarmos a dupla. Diferentemente de algumas duplas famosas, nós passamos nosso tempo de folga juntos, vamos pescar nos dias que não temos shows e somos muito parceiros. É um relacionamento bastante tranquilo.

Quais são os planos da dupla para o futuro? Diferentemente de como acontecia antigamente, não faz mais tanto sucesso produzir CD físico. Ele servia para divulgação mas, infelizmente, pouquíssima gente adquire hoje. Pensando nessa realidade, nós vamos lançar duas músicas novas no início do ano que vem – uma dançante e uma romântica -, e estamos em alta produção para trazer essas novidades para o público. Para divulgar, a gente vai colocar essas músicas em redes sociais como o Spotify e o YouTube.

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