08/09/2020

Comerciantes de Engenheiro Coelho e região sofrem com a alta no preço de laticínios

Efeitos da pandemia, alta do dólar e falta de chuvas no sudeste são fatores que têm colaborado para o aumento que deverá ser repassado ao consumidor

Da redação

Comerciantes e consumidores de  Engenheiro Coelho e região, assim como em todo o país, estão sentindo os efeitos do aumento do preço de alguns alimentos, entre eles, os derivados do leite. A alta procura por decorrência dos efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus, o valor do dólar e a falta de chuvas têm influenciado nesse aumento. Comerciantes e consumidores têm sentido no bolso essa mudança.

Entre as causas da alta no preço dos laticínios está a mudança no consumo alimentar das famílias durante o período de isolamento social por causa da pandemia da Covid-19. O fechamento de restaurantes por um determinado período e o pagamento do auxílio emergencial feito pelo Governo Federal nos últimos meses fizeram com que as pessoas investissem mais na compra de alimentos para comerem em casa, como por exemplo, leite, queijos e demais derivados. Com a alta na procura pelo produto, sobe também o preço dele.

Um segundo fator responsável pela alta no valor dos laticínios é alta no valor do dólar. A moeda chegou a R$ 5,38 (venda), tendo impacto nos custos de produção do setor. Com isso, é natural que os alimentos também sofram aumento nas gôndolas.

Outro motivo da alta do leite e seus derivados é a falta de chuvas na região sudeste do país. Isso interfere diretamente na produção do leite, que tendo esse efeito negativo, tem resultados no preço pago na matéria prima. Com a baixa produção e a alta na demanda, automaticamente faz com que o preço final do produto também tenha aumento.

Jéssica Correa da Silva mora em Engenheiro Coelho e atua como confeiteira há aproximadamente quatro anos com a produção de bolos, cupcakes, ovos de Páscoa, entre outros produtos que necessitam de laticínios em sua produção. Na análise dela, o aumento do preço do leite chega a 100%. “Senti que os preços têm subido e tem prejudicado bastante a produção. A gente tenta manter o valor para não prejudicar o cliente, mas quando é pra comprar o produto fica difícil. Eu pagava em torno de R$ 2,80 a unidade do leite condensado, mas agora está saindo por até R$ 4,20. O leite que eu pagava uns R$ 2 e pouco já está por R$ quase R$ 4”, pontua.

Fábio Rogério Coqueiro é proprietário de uma pizzaria. Ele relata que tem sentido os efeitos da alta do valor do queijo no estabelecimento comercial dele. “O que mais está pesando no meu orçamento é o queijo, é o produto que mais utilizo. Eu tenho segurado para não repassar para o cliente esse aumento, mas está difícil. Esse repasse deverá chegar a cerca de 10%”, relata.

Empresários ligados ao setor lácteo não enxergam com clareza o comportamento do mercado, já que isso dependerá dos efeitos vindouros da pandemia e os impactos no consumo. A alta do dólar, que tende a dificultar as importações, também é outro ponto que deixa o mercado de laticínios em dúvida para os próximos meses.

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