03/04/2020

Comércio em Engenheiro Coelho sofre efeitos da quarentena

Restaurantes, bares e lojas no geral são os mais afetados

Isabella Anunciação

No Brasil, o enfrentamento à covid-19 começou em fevereiro e até o momento, não houve nenhuma confirmação de infectados pelo vírus em Engenheiro Coelho. Entretanto, uma das medidas temporárias à prevenção de contágio foi o isolamento social. Feito isso, a quarentena serve como um meio de segurar o pico da pandemia e impedir sobrecarga de leitos hospitalares. Contudo, é inegável os seus efeitos da economia. Conforme o Presidente da Associação Comercial Arcizo Félix, os comércios mais prejudicados no município são as lojas no geral, restaurantes e bares.

Na sexta-feira passada (27) o prefeito de Engenheiro Coelho, Pedro Franco (MDB), publicou um vídeo em que se diz contrário a abertura dos estabelecimentos comerciais do município. Segundo ele, os comércios devem continuar fechados até o dia 7 de abril conforme o decreto estadual. “Estamos traçando estratégias para ver se conseguimos retomar o comércio de forma ordenada e segura com os procedimentos corretor segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde)”, afirmou.

De acordo com Félix, a reação dos comerciantes prejudicados na cidade é muito delicada. “Os empresários da cidade precisam arcar com a folha de pagamento dos funcionários e manter os fornecedores por exemplo. Está difícil a situação”, diz. “Eles devem aproveitar as linhas de crédito oferecida pelos programas do governo do Estado, como o banco do povo para os informais, Mei e as empresas maiores estão esperando as linhas de crédito do desenvolve SP”, informa.

Atualmente, o único serviço público prestado à cidade são os da área da saúde. O presidente da Associação Comercial também reiterou que os comerciantes querem voltar ao funcionamento normal das empresas, mas que estão respeitando o decreto do Prefeito Municipal e também do Governo do Estado.

O munício conta com cerca de 450 empresas. Destas, 120 são associadas à Associação Comercial. Félix comunica que os seus clientes estão recebendo as orientações por meio de um grupo no Whatsapp.

Panorama geral

Em entrevista ao jornal da CNN, o presidente da federação das associações comerciais do estado de São Paulo Alfredo Cotait Neto disse que se a quarentena estender seu prazo do dia 7 de abril, será difícil para o comércio aguentar. “Caso haja uma postergação, precisamos saber com antecedência quais medidas serão feitas para que isso possa acontecer, por que o comércio não aguenta mais depois desta data”, exclama.

Ele também diz que está discutindo sobre os empregos junto com os sindicatos dos trabalhadores do comércio, a fim de saber a maneira que o governo, entidades e empresas poderá, neste momento, preservar o máximo possível dos empregos. “Nós estamos aguardando estas medidas. O que queremos é o que estamos reivindicando junto ao Ministério da Fazenda, caso aconteça uma postergação dessa quarentena, que haja de fato um plano para que os trabalhadores possam receber através do seguro desemprego, mas mantendo o vínculo empregatício. Para que assim como o sistema econômico e o comércio, eles possam voltar às suas atividades normalmente, declara.

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