Conselheiro tutelar é destituído do cargo em Engenheiro Coelho

Da redação

O conselheiro tutelar, Messias Costa, foi destituído do cargo por ter praticado condutas incompatíveis com a função. Ele expôs a intimidade e a imagem de uma criança em situação constrangedora, publicando vídeo no Facebook e Instagram. Nas imagens, gravadas sem autorização da representante legal, o menino aparece dublando uma música enquanto supostamente faz necessidades fisiológicas. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

De acordo com o MPSP, ao dar início ao processo, o promotor de Justiça Francisco Antônio Nieri Mattosinho relatou que, após os fatos, a criança passou a ser ridicularizada por colegas e a apresentar mudança no comportamento, chorando muito, triste, irritado, com ideação suicida, querendo se matar com fogo ou corda.

Ainda segundo os autos, o homem, que se candidatou a vereador, realizou live explorando a imagem do mesmo menino, com fins eleitorais.

Depoimento de Messias Costa

Messias Costa alega que tem amizade com Damiana (mãe da criança) desde de 2018 e que frequentava sua casa e a prezava como mãe.  “Considerava a criança como meu irmão menor, como caçula, então nós brincávamos, fazíamos vídeos no TikTok, lives juntos e tudo com anuência da mãe”, afirma.

Costa explica que Damiana aconselhava o casal em seu relacionamento. Ele acredita que um desentendimento entre ele, sua esposa e a senhora provocou a denúncia por parte dela. “Aconteceu de eu me afastar da minha esposa e nós conversando, momento depois, nós descobrimos que a Damiana levava e trazia, com mentiras, colocando minha esposa e eu contra o outro”, afirma.

Messias Costa conta que ele e a esposa foram conversar com ela. “Ela me xinga todo e falou que vai acabar com minha carreira, que ela não é mentirosa, não é mulher de mandar recado. Falou um monte de coisa”, explica.

“Na sequência, Damiana vai ao Conselho Tutelar, pega um vídeo de setembro do ano passado (2020), isso ela fez em fevereiro deste ano (2021). Ela pega o vídeo de TikTok onde eu e a criança dubla uma cena. […] vídeo menos de 30 segundos”, complementa.

“Ela fez uma denúncia dizendo que o filo dela estava mal, estava sofrendo. O vídeo foi feito e postado em setembro. Só em fevereiro deste ano que ela percebeu que o filho estava mal devido o vídeo. O vídeo nem existe mais na mente das pessoas pelo tempo que passou”, critica.

“Se reúne uma galera para me tirar do cargo por que eu incomodo. E incomodo mesmo. Se for para cumprir com a Lei, fazer o que está previsto na legislação brasileira, isso daqui não vai me parar. Essa decisão que ainda não é definitiva não vai me parar”, conclui.

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