24/05/2020

Considerada “morta” pela Caixa, Coelhense não consegue sacar Auxílio Emergencial

Desempregada, Vanessa da Silva Ribeiro Oliveira tentou sacar o benefício, mas aplicativo da Caixa a tem como morta em cadastro

Da redação

A coelhense Vanessa da Silva Ribeiro Oliveira não consegue receber o Auxílio Emergencial de R$ 600, destinado pelo Governo Federal, porque a Caixa Econômica Federal tem ela dada como morta em cadastro. Além dessa dificuldade, o esposo dela também não consegue sacar o benefício, pois consta no aplicativo da Caixa que dois membros da família já receberam o referido auxílio. O casal está há 13 anos casado e ambos estão desempregados devido a pandemia causada pela Covid-19.

Vanessa acessou o site da Caixa para solicitar o benefício no dia 7 de abril. Segundo ela, o cadastro ficou em análise por 17 dias e, após esse tempo, o sistema de análise de dados relatou ‘dados inclusivos’. Ao realizar uma nova consulta do dia 15 de maio, Vanessa recebeu uma mensagem dizendo que ela tinha falecido – “Auxílio Emergencial não aprovado. Motivo: Cidadão (ã) com registro de falecimento”.

Segunda Vanessa, em outras buscas na internet, o CPF consta como regular. “Eu pesquisei meu CPF na Receita Federal, e está constando tudo certinho. Achei muito estranho, porque nunca deixei de votar e até biometria eu fiz esse ano e, agora, eles colocam que eu estou morta”, conta.

Quanto ao caso do esposo, Vanessa explica que possui Certidão de Casamento. “Depois que ele casou ele pertence a minha família”, expõe. “Independente se os irmãos dele receberam ou não, até mesmo porque não moramos [todos] juntos”, reitera. Adilson Aparecido de Oliveira trabalhava de motorista levando os mandioqueiros até Santos (SP). De acordo com ela, os vendedores de mandioca não estão fazendo viagem por causa da pandemia e, por isso, Adilson está desempregado.

O casal não recebe Bolsa Família e possui quatro filhos menores de idade. A filha caçula, de apenas dois anos, tem asma e é cardíaca. Vanessa se preocupa com a saúde da criança, pois “ela está dentro do grupo de risco” e, por isso, evita sair de casa. Segundo a mãe, não receber o Auxílio Emergencial aumenta a preocupação, pois “a menina precisa de remédios manipulados e o posto não disponibiliza”.

“Vejo que o alimento, fraudas e remédios estão acabando e eu não posso sair para trabalhar para suprir essas necessidades, por conta da pandemia”, lamenta. Diante deste cenário, Vanessa se sente de mãos atadas, sem saber o que fazer.

O Portal Coelhense entrou em contato com a Caixa Econômica Federal, e o órgão informou que a responsabilidade pela análise de quem tem o direito ao Auxílio Emergencial é da Dataprev –instituição do Governo Federal responsável por verificar se o cidadão cumpre todas as exigências previstas na lei, com homologação do Ministério da Cidadania.

Até a publicação deste texto, a Dataprev não havia respondido aos questionamentos da reportagem sobre o que houve no caso da munícipe e quais procedimentos devem ser tomados.

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