01/12/2023

Engenheiro Coelho agora conta com Museu de Arqueologia Bíblica do Brasil

Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) inaugurou museu com cerca de 3 mil peças originais e dezenas de réplicas

Foto: AICOM

O UNASP inaugurou o Museu de Arqueologia Bíblica, o MAB, o primeiro museu desta categoria na América do Sul. O evento contou com a presença dos doadores, autoridades e convidados, além da participação do doutor Rodrigo Silva, idealizador do projeto.

A programação começou na igreja do campus com um momento de agradecimento a Deus por meio de canções, orações e mensagem bíblica. Além disso, os doadores foram homenageados e o Rodrigo Silva mostrou um panorama geral sobre o significado do museu para a instituição. “O museu não está aqui para ser visitado, ele está aqui para ser experimentado”, disse durante apresentação.

Logo após, o público foi direcionado da igreja até o MAB, onde a fita de inauguração foi cortada  em uma celebração solene. A primeira sessão contou com a participação dos convidados de honra. Mas ao longo da tarde, mais seis visitas foram realizadas, que tiveram seus ingressos esgotados em cerca de quatro minutos.

O que o MAB representa?

O símbolo da logo do museu é uma lamparina a óleo, um dos objetos mais utilizados na antiguidade. Da mesma forma que esta peça tem como objetivo iluminar, o MAB busca ser a luz da Palavra de Deus para todas as pessoas. “Agora com esse museu, a Igreja Adventista do Sétimo Dia dá ao texto bíblico a importância que ele precisa ter e essa é a grande referência para que possamos ter um mundo mais justo e melhor”, afirma Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo.

Além disso, o MAB traz uma nova perspectiva para aqueles que já conhecem a bíblia, mas que não percebem que ela tem expressões idiomáticas, cultura e geografia que influenciam na sua interpretação e veracidade. “As peças do museu trazem um recorte daquele antigo Oriente do período bíblico até o Brasil, para que as pessoas possam ler a bíblia de maneira tridimensional, reforçando ainda mais a fé que elas já possuem”, explica Rodrigo Silva.

Por fim, utiliza o conhecimento bíblico de maneira científica para estimular o desenvolvimento do pensamento crítico entre os alunos. “Ter um museu que valoriza a Bíblia e a atrela com a ciência é o ápice da existência de uma casa de ensino que deseja avançar em todos os níveis do conhecimento”, enfatiza com sentimento de missão cumprida, Martin Kuhn, reitor do UNASP, campus Engenheiro Coelho.

Infraestrutura interna e Jardim da Bíblia

Visitar o MAB é como entrar em um túnel do tempo. Com cerca de 3 mil peças originais e dezenas de réplicas, a exposição narra mais de quatro mil anos de história por meio de uma linha do tempo, que divide as fases desde o Bronze Antigo até o período Bizantino. “Pensamos no museu como se fosse uma caixa flexível, onde o acervo é mais importante do que a própria arquitetura”, expõe o arquiteto da obra, Thiago Pontes.

Logo ao entrar, os visitantes encontrarão uma réplica do piso do templo de Jerusalém, da época de Jesus. Este exemplar é único no Brasil, havendo apenas mais duas reproduções que estão localizadas em Israel. Além deste artefato, um tijolo antigo com escrita cuneiforme também se destaca na exposição. A peça tem significado importante, pois menciona o rei Nabucodonosor, responsável por conquistar Judá, destruir o templo de Jerusalém e levar o povo de Israel cativo para a Babilônia, em 609 a.C.

As peças do museu são datadas desde os anos dois mil a.C e vieram de várias partes do mundo, como Israel, Egito, Jordânia e alguns países da Europa. Para garantir a manutenção desse acervo, um planejamento é necessário a fim de evitar qualquer dano. “Temos um cuidado especial para que as peças estejam preservadas, como garantir a exposição correta da luz de acordo com o tipo de material e coloração”, comenta Sergio Micael, historiador do museu.

Além da parte interna, o MAB também tem o “Jardim da Bíblia”, que conta com diversas espécies de árvores e objetos com significados bíblicos. Exemplo deles são: as parreiras, que simbolizam o sangue de Cristo; o moinho de trigo, que representa o corpo de Cristo por meio do pão e o moinho de azeitona, símbolo do Espírito Santo, por causa do azeite de oliva. Esta parte, que antes não fazia parte do projeto inicial, hoje se destaca por ter igual destaque em relação ao ambiente interno.

Muito mais que uma visita

Para Elizabeth Laffranchi, que é professora e uma das doadoras para a construção, o MAB tem um significado que percorre o espiritual até o educacional. “As crianças e às vezes, até mesmo os adultos precisam ver alguma coisa concreta para acreditar no nosso maravilhoso Deus e na história do povo de Deus, por isso que eu contribui para a realização deste lugar”.

A visita também foi significativa para a família Félix, que mora no Rio de Janeiro e soube da inauguração por meio do curso “Bíblia Comentada”, do doutor Rodrigo Silva. Apesar de terem se organizado e adquirido passagens, não conseguiram os ingressos, que se esgotaram rapidamente. No entanto, essa situação se tornou conhecida e a família teve oportunidade não apenas de visitar o museu, mas também de participar durante as homenagens da programação. “Deus atuou em cima disso e fez com que nós estivéssemos hoje aqui”, conta Amanda Félix, emocionada.

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