18/03/2019

Engenheiro Coelho apresenta superávit de US$3,24 milhões na Balança Comercial

Município coelhense é o terceiro melhor em desempenho na RMC

Letícia Leme

Engenheiro Coelho apresentou um superávit na Balança Comercial. O movimento de exportações e importações do município rendeu um saldo positivo de US$3,24 milhões. Lembrando que os valores são avaliados em dólar e correspondem ao primeiro bimestre do ano de 2019 (janeiro/fevereiro). Os dados foram disponibilizados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço.

O município contabilizou US$4,31 milhões em exportações e US$1,08 milhões em importações. O saldo, montante que qualifica se a cidade teve um superávit ou um déficit, é calculado subtraindo o valor adquirido por exportações com o valor das importações (exportações – importações = saldo). Dessa forma, se o município importou mais do que exportou, significa que ele registrou um déficit na balança comercial, ou seja, fechou com um saldo negativo.

Um comparativo feito com o primeiro bimestre do ano passado (2018), apontou que o município coelhense registrou, de um ano para o outro, uma variação no saldo. Variação esta negativa, já que em 2018, a cidade fechou o bimestre com um superávit de US$5,1 milhões, ou seja, US$ 1,86 milhões a mais com relação ao saldo de 2019 (US$3,24).

Com relação as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Engenheiro Coelho apresentou um saldo positivo e está entre as cinco cidades com melhor saldo. No ranking estadual, o município ocupa a 150° posição na categoria exportações e 159° em importações. A nível nacional está na 592° e 601° posição,  nas duas categorias respectivamente. Dentre os produtos mais exportados pelo município estão os sumos de frutas

RMC e um déficit de US$1,39 bilhões

Apesar do município coelhense ter apresentado um superávit, a RMC fechou o bimestre com um déficit de US$1,39 bilhões. Isso porquê das 20 cidades da região, 13 computaram um saldo negativo na balança comercial. Campinas (SP) liderou a categoria déficit, com um saldo negativo de US$357,35. Seguindo está Paulínia (SP) com US$348,32 e Jaguariúna (SP), US$234,29 milhões.

Um estudo realizado pelo Observatório da PUC/Campinas, concluiu que o desequilíbrio entre exportações e importações na RMC é tão grande que afetou até o desempenho do Estado de São Paulo. Enquanto o déficit regional em fevereiro chegou a 563,6 milhões de dólares, o déficit de São Paulo foi de apenas 17,5 milhões. Sem o déficit da RMC, o Estado teria um superávit de 546,1 milhões de dólares.

O economista e professor, Paulo Oliveira, avaliou a situação como resultado de uma indústria regional que está focada no mercado interno. “Essa é uma característica da indústria regional, que depende da importação de muitos insumos (máquinas, partes, matéria-prima) para produzir, e ao mesmo tempo exporta pouco. Além disso, está focada no mercado interno e, em alguns casos, não tem competitividade para fornecer para mercados internacionais”, explicou.

“A dependência externa se ameniza com políticas comercias e industriais articuladas para melhorar a competitividade da indústria, sobretudo. Uma indústria mais articulada internamente, que atue em elos da cadeia produtiva que tenha maior valor agregado, vai ser menos dependente das importações”, concluiu o professor.

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