16/02/2019

Engenheiro Coelho não registrou economia durante horário de verão

Estudo do Ministério de Minas e Energia não apontou redução do consumo de energia elétrica

Mariana Avanzzi

De acordo com informações do Operador Nacional de Sistemas (ONS), não houve redução no consumo durante o horário de verão em Engenheiro Coelho. Um estudo do Ministério de Minas Energia apontou queda na efetividade da iniciativa. Os picos de consumo foram registrados nas horas mais quentes do dia, por volta das 15h. Empresa de energia que atende o município reforça a importância do consumo consciente com o término do horário de verão.

A partir de domingo (17), os relógios deverão ser atrasados em uma hora. Com duração de 105 dias, chega ao fim a 49ª edição do Horário de Verão. Nas 228 cidades atendidas pela Elektro, nos estados de São Paulo não houve redução no consumo durante o horário de verão.

Em nota a Elektro, distribuidora de energia de Engenheiro Coelho, diz que a avaliação dos atuais impactos na redução do consumo de energia elétrica, contida nos estudos realizados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME), mostram que a adoção do Horário de Verão traz atualmente resultados próximos da neutralidade para o sistema elétrico. O aproveitamento da luz natural pela população diminui somente a demanda no horário de pico, das 17h30 às 20h30 horas. Essa redução da demanda é explicada pelo deslocamento da entrada da carga de iluminação pública e residencial, evitando-se a coincidência com a carga dos consumos comercial e industrial, cuja redução normalmente se inicia após as 18 horas.

O horário de verão foi implementado em 1931 e é adotado continuamente desde 1985. No Brasil foram estabelecidas algumas regras. O início deve ser sempre a partir da 0h do terceiro domingo de outubro e o fim na 0h do terceiro domingo de fevereiro. No mundo, o primeiro país a adotar a medida foi a Alemanha, em 1916. A intenção dos alemães, envolvidos na Primeira Guerra Mundial, era economizar energia, devido à escassez das fontes de produção. Hoje o horário de verão é adotado por países como Canadá, Austrália, Israel, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.

No entanto,  o Ministério de Minas e Energia afirma que a economia tem sido menos importante. “A aplicação da hora de verão, nos dias de hoje, não agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica, nem tampouco em relação à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro”, disse a nota do ano passado, em relação à economia de 2017.

Para a moradora de Engenheiro Coelho Ana Clara, já que estudos indicam a ineficácia, o Brasil deveria suspender a medida. “Isso gera tanta confusão, hoje todo mundo usa o celular para ver a hora, e sempre é uma confusão quando muda o horário. Já que isso não funciona mais, deveriam fazer uma reforma nessa medida pois se ela não gera mais economia, só está gerando confusão e transtornos para a população”, expõe Ana Clara Vieira.

Dicas para a redução de consumo com término do horário de verão:

  • Chuveiros elétricos: nos dias quentes, colocar o chuveiro na posição “verão” (o consumo será cerca de 30% menor). Em algumas cidades, é possível até desligar o chuveiro;
  • Iluminação: substitua as lâmpadas incandescentes e fluorescentes para tecnologia LED. Se para iluminar uma cozinha utiliza-se uma lâmpada incandescente de 100 Watts, a substituição por uma modelo a LED pode trazer uma economia de até 80%;
  • Ar-Condicionado: quando o uso do ar condicionado for inevitável, o ideal é utilizá-lo da melhor maneira possível, evitando a utilização por longos períodos e com temperaturas muito baixas. A dica é programar a função timer para desligar no começo da manhã e configurar a temperatura de 23º, que mantém o ar numa temperatura agradável e não provoca esforço do equipamento.

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