22/11/2017

Engenheiro Coelho não vai aderir à Black Friday

Associação Comercial do município explica que, por falta de união entre os comerciantes, decisões quanto à projetos em parceria ficam inviáveis

Nathália Lima

Anualmente, comerciantes do mundo todo realizam diversas promoções e iniciativas como forma de chamariz para clientes das mais diversas classes sociais. Durante o ano inteiro, as prateleiras dos comércios exibem preços promocionais, condições a prazo e muitas outras oportunidades para que o consumidor fique mais e mais tentado a comprar.

Uma das datas que tem ganhado cada vez mais adeptos dentro do setor de vendas é a Black Friday (do inglês, Sexta-feira Negra). A data, originária dos Estados Unidos da América, serve como pretexto para que os comerciantes vendam produtos a preços baixos, movimentando de maneira exponencial o comércio local.

De acordo com informações do jornal O Globo, nos EUA, a primeira vez que o termo foi usado aconteceu em setembro de 1869, “quando os americanos Jay Gould e James Fisk tentaram tomar o mercado do ouro na Bolsa de Valores de Nova York”. O governo foi obrigado a intervir para corrigir a distorção elevando a oferta da matéria-prima, fazendo os preços caírem e investidores perderam fortunas.

Já no Brasil, a data passou a ser incluída no calendário comercial quando lojistas perceberam o potencial de vendas do dia, em 2010. Isso é o que explica o site oficial da Black Friday brasileira. No entanto, segundo informações do site, a data se fixou em terras brasileiras em 2011, com o portal Busca Descontos, e desde então cresce exponencialmente, batendo recorde de vendas ano a ano.

Dentro deste panorama, o Portal Coelhense entrou em contato com a Associação Comercial de Engenheiro Coelho e descobriu que, em 2017, o município coelhense não realizará nenhuma iniciativa relacionada à Black Friday.

Para Arcizo Félix, presidente da Associação Comercial e Industrial Agropecuária de Engenheiro Coelho (ACIAEC), a não criação de uma iniciativa conjunta para a data tem a ver com a desunião dos comércios municipais, que definem suas próprias datas e promoções especiais.

“O comércio de Engenheiro Coelho é muito pequeno, não é unido, nem em campanhas, nem em datas do comércio nacional”, explica o presidente. “Através da Associação, nós temos tentado buscar esses comerciantes e segurá-los através de iniciativas como sorteios, mas é complicado. Cada comércio faz a sua própria campanha, é algo muito particular”, lamenta Félix.

Sobre a Black Friday, um morador de Engenheiro Coelho, que trabalha no ramo de comércio, mas preferiu não se identificar, diz que não concorda com a iniciativa no Brasil, já que a proposta de descontos não é vista na prática. “Ninguém no Brasil faz Black Friday de verdade. Não tem o mesmo propósito que nos Estados Unidos, por isso não concordo com a iniciativa e não acho válida nem para o comércio, nem para o comerciante”, acrescentou o munícipe.

A Black Friday deste ano acontece na próxima sexta-feira (24), e é considerada o maior evento de e-commerce do país. Apenas em 2016, o evento atingiu a marca de R$ 1.9 bilhões em vendas no Brasil.

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