12/08/2017

Famílias do Minha Casa Minha Vida recebem acompanhamento social em Engenheiro Coelho

Trezentas famílias vivem no empreendimento

Michael Harteman

Colocar trezentas famílias vivendo em um mesmo lugar, ação proporcionada pelo programa Minha Casa Minha Vida, pode gerar uma série de problemas. Cada uma traz sua bagagem cultural e a maior parte jamais teve a experiência de viver em um condomínio.

Questões como convivência, limpeza, regras de condomínio e até maneiras de descartar o lixo podem gerar desconfortos entre as pessoas. Porém, para evitar tais circunstâncias, a Secretaria de Ação Social está desenvolvendo um amplo projeto que auxilia os contemplados na melhoria da qualidade de vida em comunidade.

Apartamentos foram entregues em julho deste ano

A pasta nomeou a ação como ‘Projeto Técnico Social’. Cinco eixos abordam diversos temas, que vão desde convivência até planejamento financeiro. O trabalho, que é acompanhado de perto pelas assistentes sociais, é desenvolvido com palestras e oficinas. A secretária de Ação Social e coordenadora do programa Minha Casa Minha Vida, Ana Clara Antônio, se diz apaixonada pelo projeto. “É um momento muito importante, cada família vem com uma bagagem e agora vamos mostrar para eles a questão de convivência, fazer com que as pessoas consigam viver em um espaço comum”, explica Ana Clara.

O primeiro eixo do projeto trata sobre a associação de moradores e regras de convivência. “A primeira fase foi a formação do condomínio, a segunda é a que estamos vivendo agora, que trata sobre a implantação e organização do serviço condominial e, em seguida, falaremos sobre gestão”, afirma a secretária.

Já o segundo, trata da educação ambiental, no qual os moradores irão aprender a lidar com o lixo e como separa-lo. Para isso, os moradores irão participar de palestras com biólogos e educadores ambientais.

Trezentas famílias moram no condomínio

O terceiro ponto do projeto abordará a educação patrimonial. “Aqui iremos mostrar para eles a questão do pertencimento local, com objetivo de eles entenderem que esse lugar é a casa deles, não é um lugar em que podem fazer o que quiserem, será feito palestras mostrando as regras de convivência”, acrescenta Ana Clara.

O quarto eixo irá cuidar do planejamento e gestão do orçamento familiar e será aberto para que as famílias procurem essa ajuda, caso necessitem. “Os interessados irão aprender sobre a maneira adequada de se usar o dinheiro, pagamento de contas, nosso objetivo é ajuda-los”, pontua a também assistente social.

Por fim, a última fase do projeto tratará de geração de renda. A ideia é montar uma padaria artesanal para que seja produzido pães e bolos. “O objetivo principal são as mulheres, para que elas possam participar da cooperativa e com o valor conseguido, poder pagar o apartamento, isso pode ser uma mudança de vida para elas”, exclama a responsável pela Assistência Social do município.

O projeto da cooperativa tem apoio do Banco do Brasil, que disponibilizou uma verba para a compra de maquinário e equipamentos.

Ana Clara Antônio coordenou o programa Minha Casa Minha Vida no município coelhense

O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Ação Social com as famílias já é percebido pelos moradores do condomínio. A professora Juliana I. comenta sobre o apoio. “O serviço social tem sido muito atencioso com a gente, as assistentes sociais estão sempre aqui e estão nos ajudando com diversos assuntos, como facilitar as questões de pagamento junto ao banco e assuntos administrativos”, avalia Juliana.

A educadora ainda ressalta sua satisfação. “A Guarda Municipal está sempre aqui, temos um bom atendimento no posto médico, estou bastante feliz”, exclama.

Quitéria Maria Barbosa e Jociana Nunes Ribeiro moram no mesmo bloco, ambas também compartilham da mesma opinião que Juliana. “Não tenho do que reclamar, estamos tendo um excelente apoio, às vezes acho que estou vivendo um sonho”, conta Quitéria. Já Jociana conta que os moradores são tranquilos, e que a proximidade dos profissionais ajuda bastante. “Estamos muito felizes com tudo, desde zelador até serviço social, tudo funcionando muito bem”, conclui Jociana.

A entrega dos apartamentos do Minha Casa Minha Vida aconteceu no mês de julho. Cerca de 1700 pessoas se mudaram para o condomínio ‘Sonho Meu 2’.

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