19/05/2022

Ferrovia trouxe modernidade e desenvolvimento para Engenheiro Coelho

Conheça um resumo da história da cidade que comemora 31 anos de emancipação


Da redação

Mesmo que nesta quinta-feira (19) a cidade comemore 31 anos de emancipação político-administrativa, a história de Engenheiro Coelho remete a um passado ainda muito mais distante. A vinda de imigrantes de várias partes do mundo, com maior quantidade de europeus, o desenvolvimento da cidade começa a se destacar ainda mais com a instalação da ferrovia Funilense.

Com um grande ramal, que ligava Campinas à Pádua Sales, a Funilense teve uma importante participação no desenvolvimento da produção agrícola da ainda vila. Fundada em 1899, a Companhia Funilense foi uma aposta dos proprietários da jovem Usina Ester para o escoamento de cana-de-açúcar para as moendas da usina na ainda vila de Cosmópolis, na região do Funil. Nesta época ainda não havia ramal para as recentes vilas de Artur Nogueira, fazenda Guaiquica e Conchal.

Em 1904, o Governo do Estado de São Paulo tomou conta da estrada de ferro, após um empréstimo não honrado feito pelos proprietários da usina. Somente em 1913 a estrada, agora incorporada pela Sorocabana, passou a atingir seu ponto máximo, chegando à Pádua Sales, ás margens do Rio Mogi-Guaçu, completando assim os 93 quilômetros de ferrovia, tendo como origem o bairro Guanabara em Campinas.

A estação de Engenheiro Coelho, que hoje é um posto de saúde no centro da cidade, foi inaugurada em 1913. Por isso, a cidade leva o nome de um inspetor da Companhia Sorocabana de Estrada de Ferro, o engenheiro José Luiz Coelho. Que também é o responsável pela construção de um dos maiores complexos de ferrovias do Estado.



Recortes do jornal O Estado de São Paulo (1916 e 1923)

História de Engenheiro Coelho

Após 31 anos de emancipação e da primeira eleição própria, a cidade de Engenheiro Coelho não para de crescer. Antes de receber esse nome, o município localizado no interior do Estado de São Paulo era conhecido como “Guaiquica”. Por volta de 1910, as terras coelhenses pertenciam a Joaquim Cardoso de Moraes. Mas, devido a intensificação da imigração no início do século, o imigrante belga Pedro Hereman adquiriu as áreas, que passaram a fazer parte da ‘Fazenda São Pedro’.

Dinâmico, Hereman – a cada ano que passava – construía e produzia mais na fazenda, aumentando as colônias existentes e dando equipamentos necessários à sua manutenção. Dessa forma, os investimentos conduziram, em 2 de junho de 1912, à inaugurada da ‘Estação da Estrada de Ferro na Colônia da Guaiquica’, que passou a ser conhecida por ‘Estação de Engenheiro Coelho do Bairro da Guaiquica’.

Assim, o nome Engenheiro Coelho foi uma homenagem ao Engenheiro José Luiz Coelho que, na época, era inspetor de estrada de ferro e representante da Fazenda Estadual.

A colônia passou a se desenvolver ainda mais após a construção da estrada que liga Limeira (SP) a Mogi Mirim (SP) em meados de 1939. Todo o cenário estava sendo montado para que, enfim, Engenheiro Coelho atingisse a categoria de distrito pela Lei Estadual nº 2343. A data da conquista foi marcada em 14 de maio de 1980.

A eleição dos primeiros vereadores e do prefeito aconteceu em 3 de outubro de 1991.

Com apenas 31 anos de emancipação política, além do grande avanço nas áreas agrícola, industrial, serviços públicos e de infraestrutura, a cidade apresenta uma das maiores taxas de crescimento populacional da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Comparando os dados dos últimos dois censos, Engenheiro Coelho foi a segunda cidade que mais cresceu na RMC e a oitava no Estado de São Paulo, com um aumento de 56,7%, passando de 10.033 pessoas para 15.719.

Com uma área de 109,94 km², a economia do município está baseada na agricultura, destacando-se a produção de laranja, de cana-de-açúcar, mandioca, hortaliças, entre outros produtos. Além disso, a composição do setor de serviços é diversificada, com a maior participação a cargo das atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas. Na área educacional, creches e escolas compõem o quadro, junto com o campus do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).

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