15/07/2018

Músico de Engenheiro Coelho fala dos mais de 20 anos de carreira

Ezequiel Braga faz apresentações solo e, também, numa banda

Michael Harteman

Ezequiel Modesto Braga Junior nasceu em Foz do Iguaçu (PR), mas passou a infância em Bauru (SP) e São Paulo (SP). Infância essa totalmente envolvida em um ambiente musical. “A memória mais remota que eu tenho é eu tentando ligar uma vitrola para ouvir música”, conta Ezequiel. As canções que reverberavam pela casa também penetravam no coração e na alma do pequeno. As melodias, as letras e os arranjos ficavam cada vez mais íntimos, e os ouvidos, começavam a ficar treinados para o futuro.

Os anos 80, período em que Ezequiel passou pela adolescência, o país viveu um grande momento musical. Cazuza, Barão Vermelho e Legião Urbana agitavam os jovens da época, especialmente Ezequiel. “Eu gostava demais das músicas deles, me chamava muito a atenção”, exclama. Nessa fase não havia mais dúvidas, Ezequiel estava permeado de música. Sempre que podia estava com o som ligado, cantando as canções da época, ele podia se imaginar tocando com as bandas preferidas.

Subir aos palcos e tocar para o público ainda estava apenas na imaginação, mas começou a virar realidade no início dos anos 90, quando Ezequiel foi presenteado pela mãe com um livro teórico de violão. “Nessa época eu morava em Artur Nogueira (SP), não tinha muito como aprender, para fazer aulas tinha que ir para Campinas (SP). Foi então que mergulhei nesse livro que ganhei. Eu via os desenhos dos acordes e ia tentando tocar as músicas que davam certo com eles”, recorda.

Ezequiel chegou a trabalhar em serviços distantes da música nos anos 90, mas não tinha jeito, o universo musical pulsava dentro dele e era com ele que tinha que trabalhar, não havia como evitar. “Nos meados dos anos 90, eu já estava dando aula e o pessoal, sabendo que eu ensinava, começou a fazer alguns convites para eu me apresentar em alguns lugares”, conta.

Lá ia ele. Nas mãos, o violão, no corpo, cordas vocais afinadas, era isso que Ezequiel mais amava fazer, e foi para isso que ele nasceu. “Cheguei a tocar músicas gospel, depois toquei em uma banda, chamada Karpus, em seguida no Grupo Califórnia. Fui fazendo o meu nome na região com diversas apresentações”, explica o cantor, que agora é conhecido como Ezequiel Braga.

Ezequiel foi se desenvolvendo e crescendo no meio musical. Teve a oportunidade de cantar junto com grandes nomes, como Mazinho Quevedo, Ronny Rangel e Tinoco. Tantos anos de apresentações e músicos experientes fez com que ele se tornasse um músico eclético. “São momentos muito ricos ao lado de grandes nomes”, pontua.

O simples fato de falar de música alegra Ezequiel. Enquanto conta as histórias, ao lado de seu violão, ele parece reviver cada momento, cada acorde. Fala de música com brilho nos olhos.

Atualmente Ezequiel Braga faz diversas apresentações, tanto solo, como com a banda Soul Blues. “Em minhas apresentações eu faço voz e violão, com a banda tocamos em vários lugares também, no estilo Blues, Souls e Rock and Roll”, afirma Ezequiel. O nome da banda é Soul Blues. Ao ser questionado se viver de música ainda gera algum tipo de preconceito, ele responde rapidamente. “Ainda existe, comigo menos por que hoje as pessoas já conhecem o meu trabalho, mas no início acontecia bastante, as vezes é difícil para as pessoas entenderem que pra muitos a música é o seu ganha pão, isso ocorre por que tem muitas pessoas que tocam como hobby”, pondera Ezequiel.

Ezequiel Braga seguirá encantando as pessoas com sua música por onde passar. Nasceu para isso. Vive isso. Simpático e de sorriso fácil, Ezequiel faz música todos os dias, como se fosse o primeiro.

……………………………………..

Tem uma sugestão de reportagem? Clique aqui e envie para o Portal Coelhense.


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.