03/07/2017

Obra abandonada em Engenheiro Coelho apresenta riscos aos moradores

Construção embargada em 2015 é frequentada para uso de entorpecentes e até mesmo relações sexuais

Da redação

Uma obra não finalizada no entorno do Lago Municipal de Engenheiro Coelho tem apresentado riscos para moradores da região. De acordo com informações, o local é utilizado para a utilização de entorpecentes e até mesmo práticas sexuais. Embargada em 2015, a obra teve todas as aberturas fechadas por cimento e tijolos. Dois anos depois, um dos meios de acesso ao interior do prédio está aberto e serve como entrada da construção.

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O local seria utilizado como Centro Comunitário “Clemencia Barbosa dos Santos”, e está situado na Rua José Correia de Oliveira, no Jardim Eldorado, próximo ao Lago Municipal. De acordo o Executivo, a administração anterior não cumpriu com as obrigações estipuladas no convênio 1268/2009, o que acarretou em inconformidades na prestação de contas e, posteriormente, no embargo da obra.

Um morador, que preferiu não se identificar, comenta que frequentemente escuta barulhos e algazarra dentro do ambiente. “Os meninos entram por um buraco que fizeram na entrada lateral do prédio e ficam fazendo ‘bagunça’ lá dentro. É complicado para nós que moramos na região”, explica o morador. “A Guarda tem realizado um bom trabalho aqui na redondeza, mas acredito que algo precisa ser feito para que esse problema não se repita. Só que se o pessoal da Prefeitura vier fechar a entrada, a molecada vai abrir em outro canto do prédio. Eu acho mesmo é que esse povo tinha que demolir o prédio inteiro”, finaliza.

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A moradora Maria Martins, que reside há mais de seis anos no município, comenta que o prédio abandonado apresenta perigo aos moradores que passam pela redondeza à noite. “É complica, né. A gente que mora perto da construção fica com medo de ter alguém ali dentro que queira nos fazer mal”, explica. “Essa é uma situação muito difícil. O ser humano não tem limites. Já ouvi histórias de que tem gente que vai para dentro da obra praticar relação sexual, e isso não pode acontecer em um patrimônio que deveria ser público!”, reclama Maria.

Problema antigo

A Prefeitura, logo no primeiro ano de mandato do prefeito Pedro Franco (PMDB), precisou devolver ao erário Estadual, R$ 154.610,67 em virtude do descumprimento de um convênio firmado pela antiga administração com o Governo em 2009. Esses dados foram fornecidos através de um relatório emitido em 18 de agosto de 2015 pela Unidade de Relacionamento com Municípios (URCOM), da Secretaria da Casa Civil, órgão responsável pelo repasse.

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Para o prefeito Pedro Franco (PMDB), a má notícia afetaria não apenas a Prefeitura, mas também a população coelhense. “Infelizmente vamos ter que restituir este valor. Eu como prefeito e coelhense que sou, fico muito triste com isso, porque nós poderíamos aplicar este recurso em melhorias para a cidade, mas não será possível, tudo por conta da má administração do dinheiro público. Somam-se a este prejuízo, os mais de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais) de dívidas que tivemos que pagar, herdadas também da antiga administração.

Ainda de acordo com Franco (PMDB), este não é o primeiro convênio em que o município é obrigado a devolver valores por causa de descumprimentos contratuais. E, se o município não pagasse de volta o valor do convênio, seria inserido no CADIN (Cadastro de Inadimplentes do Governo do Estado), ficando impossibilitado de firmar novos convênios.

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