Pastoral da Criança de Engenheiro Coelho comemora 30 anos

Da redação

Em 1982, um dos maiores problemas no Brasil era a desnutrição infantil. O índice apontava que, para cada 1000 crianças nascidas no país, aproximadamente 83 morriam desnutridas. Os dados preocupantes alertaram autoridades do país e foi nessa época que o projeto da Pastoral da Criança começou a ser implantado.

O então diretor executivo da Unicef na época, James Grunt, sugeriu ao cardeal de São Paulo que a Igreja Católica agisse para combater a mortalidade infantil. O responsável do clero, ao retornar para a Suíça, procurou sua irmã, a médica sanitarista Zilda Arns e desenvolveram o projeto que, em 2017, comemora 35 anos no Brasil: a Pastoral da Criança.

Em Engenheiro Coelho, o projeto funciona há 30 anos na Paróquia São Pedro, e atende mensalmente cerca de 90 crianças desde o nascimento até os 6 anos de vida. A organização, que está instalada em outros países ao redor do mundo, alinhavou a proposta em meados de 1996, e passou a atuar na direção do desenvolvimento da vida plena das crianças.

Para Maria Martins, coordenadora responsável há três anos pela Pastoral do Município, o projeto oferece aos atendidos a oportunidade de cuidar de maneira eficaz da saúde das crianças. “Muitas pessoas precisam de atenção, informação e cuidado, e é isso que nós buscamos oferecer aos atendidos pela organização”, explica a coordenadora. “A equipe da pastoral faz visitas semanais às famílias alcançadas pelo projeto e, uma vez por mês, realizamos na Paróquia o ‘Dia de Celebração da Vida’, com pesagem das crianças e informação para os pais que aparecem no evento”, afirma Maria.

Apoiando e trabalhando junto da Pastoral da Criança, o padre Reynaldo Ferreira de Melo, pároco responsável pela Paróquia São Pedro de Engenheiro Coelho, comenta que as atividades realizadas no município servem para, ao mesmo tempo, levar conforto, oportunidades, e transformação de vidas aos fiéis. “Como igreja, nós temos o dever de desempenhar trabalhos sociais, principalmente levando às pessoas meios para melhorarem suas realidades de vida”, explica o pároco. “Nessas iniciativas realizadas pela Patoral da Criança, o intuito principal é prezar pelo respeito à vida, evangelizando as famílias participantes e trazendo paz e informação para suas vidas”, opina o padre.

Dificuldades no trabalho

Apesar dos benefícios que a pasta oferece, a coordenadora Maria ainda explica que existem dificuldades na realização das atividades no município, e a maior delas é a “falta de apoio da população”. “Apesar de termos muitas ideias e fazermos tudo o que é possível, nós temos um empecilho grande que é a falta de pessoas trabalhando em prol da causa. Temos 15 pessoas que trabalham na Pastoral, um número pequeno comparado à quantidade de trabalho”, relata Maria.

A Pastoral da Criança atua visitando de “porta em porta” e realiza seus trabalhos de maneira personalizada. A coordenadora do projeto salienta que toda ajuda é bem-vinda. “Qualquer tipo de doação, seja de roupa, dinheiro ou mesmo tempo de trabalho, é válida. O que nós queremos mesmo é desempenhar este trabalho social da melhor maneira possível”, salienta a coordenador que finaliza dizendo que é preciso trabalhar mais para que as crianças do município sejam bem amparadas.

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