07/12/2017

Preço do gás de cozinha sobe novamente e afeta moradores de Engenheiro Coelho

Valor chega a ser 8,9% maior

Da redação

Na matéria de capa desta quinta-feira (7), o Portal Coelhense traz más notícias à população coelhense. Mais uma vez, o preço do gás de cozinha aumentou. Na última terça-feira (5), foi anunciado um aumento de 8,9% no valor pela matéria prima.

O último reajuste feito pela Petrobras aos preços cobrados das distribuidoras ocorreu há cerca de um mês. Desde junho, foram anunciados seis aumentos e uma redução no preço do gás de cozinha.

Em Engenheiro Coelho, desde o novo aumento dos preços, a média de preço cobrada pelos botijões de até 13 kg chega à R$ 75. Antes dos aumentos, o produto custava em torno de R$ 56, e já chegava a R$ 70 no fim de setembro. A população sentiu no bolso o resultado do aumento e se mostra alarmada com a notícia.

Para Lucas Arlino, morador de Engenheiro Coelho, os novos valores do gás de cozinha são absurdos. “Este aumento é uma palhaçada. Ter que pagar mais de R$ 70 por um produto necessário é muito complicado, porque é um dinheiro que precisa ser gasto, assim como o combustível para quem tem carro”, reclama Arlino. “Inclusive terei que comprar um novo ainda essa semana porque o meu acabou”, lamenta o munícipe que mora com a família na área rural do município.

Também revoltada com os aumentos repentinos, a moradora Luciane Arantes Amaral comenta que não consegue entender a lógica do aumento de preço. “Se estamos tão perto de Paulínia, poderíamos ter, pelo menos, um desconto. Em Artur tem locais com promoção a R$55.00. [Em Engenheiro], paguei R$70.00 no último que comprei há quase um mês”, acrescenta,

De acordo com o revendedor de gás de cozinha, Agenor de Almeida Jr., a nova política tende a prejudicar ainda mais o consumidor brasileiro. “Com essa nova política do Governo, cada vez mais está difícil para o consumidor. Este é o mesmo problema do combustível, que tem mudanças de valor praticamente semanais”, explica o revendedor. “Outro agravante é que o nosso maior consumidor é aquele que recebe um salário mínimo por mês, e isso afeta diretamente a vida dessas pessoas. Hoje, se você tirar R$ 75 de um salário de R$ 900, estamos falando de quase 10% da renda mensal”, acrescenta.

A mudança constante de preços do gás de cozinha faz parte das consequências que a nova política de preços adotada pela Petrobras desde junho trouxe tanto para o consumidor, quanto para os revendedores do produto. Desde o meio do ano, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passou a ser revisado todos os meses.

Segundo Erlon Lima Santos, responsável por uma das revendedoras de gás do município, o aumento traz malefícios não apenas para o consumidor, mas também para o distribuidor, que precisa repassar as taxas para o produto. “A gente precisa repassar esses valores para o consumidor, e isso é bastante complicado. Atrapalha todo mundo”, afirma Santos.

Apenas em 2017, esta é a sexta vez que a Petrobras aplica reajuste ao GLP. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o reajuste deve oscilar entre 7,3% e 9,9%, dependendo do polo de suprimento.

Revisão mensal

A nova política adotada pela pasta da Petrobras demanda uma revisão mensal do preço cobrado pelo GLP. De acordo com a estatal, o preço final repassado aos distribuidores será uma junção da média entre os preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

Petrobras elevará os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg, o chamado gás de cozinha, em 8,9% a partir de terça-feira (5). O reajuste foi motivado principalmente devido à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, segundo nota enviada pela estatal.

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