Reforma em UBS de Engenheiro Coelho está em obra desde 2017 e munícipes reclamam

Isabella Anunciação

Engenheiro Coelho recebeu R$ 100 mil para a reforma na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim do Sol “Maria da Cruz Prates” em 2017. Três anos se passaram e a obra ainda não foi concluída. Munícipes reclamam da situação em que a UBS se encontra, pois, alegam que o ambiente poderia ampliar a rede de atendimento em meio a pandemia da Covid-19 e também indagam sobre o dinheiro público parado.

A UBS apresenta problemas de infraestrutura e de deterioração, isso porque, em 2013, toda a demanda do Pronto Atendimento Imediato (PAI) foi transferida para a unidade durante a interdição do prédio. Após a inauguração do PAI, em 2016, a unidade coelhense ficou interditada.

“Essa obra está parada há muito tempo aqui no bairro e ninguém aparece para arrumar ou reformar como a administração municipal prometeu”, destaca a munícipe, Adriana Martins.

Os recursos para a obra são provenientes de um convênio assinado em janeiro (2017) através do Programa “Saúde em Ação”, parceria do Governo do Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).  Na época, Engenheiro Coelho recebeu o valor de R$ 100 mil para a reforma, mas ao total, R$ 116.700,00 foram destinados para reestruturação do prédio.

“Isso é dinheiro público parado. Um espaço que foi também utilizado abandonado causa muita tristeza, pois quem está pagando a conta são nossos impostos”, diz Miguel Silva que foi atendido no Pronto Atendimento quando funcionava no local.

O não acabamento da reforma também tem sido motivo de indignação para o usuário do sistema SUS, Antonio Braga.  “Isso aqui é uma vergonha. Em plena pandemia e com a cidade em surto, um ambiente que poderia ampliar a rede de atendimento está de portas fechadas. A reforma foi anunciada, mas nunca feita depois da saída do Pronto Atendimento daqui”, revela.

Enquanto a UBS está interditada, os atendimentos ocorrem no ESF II, localizado na Rua Benedito da Cunha Guedes – Jardim do Sol.

Confira nota da Prefeitura na íntegra

O convênio foi assinado através do Programa “Saúde em Ação”, parceria do Governo do Estado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). No decorrer da obra, foram constatadas algumas divergências na planilha orçamentária, o que obrigou a administração a promover as devidas alterações nos quantitativos de materiais e serviços, com a finalidade de melhorar a compatibilidade dos gastos com a real execução. Soma-se ainda a necessidade de substituir o grupo técnico responsável em virtude da decretação da pandemia para o novo coronavírus. Hoje, as questões burocráticas foram todas sanadas e a obra se se encontra com 80% concluída. A previsão é que a obra seja entregue neste mês.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a unidade contará com de equipe completa: enfermeiras, técnicas de enfermagem e médicos atendendo semanalmente nas áreas ginecológica,
odontológica e pediátrica.

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