01/08/2018

Saeec investe em alternativas para driblar inadimplência em Engenheiro Coelho

Ao menos três medidas foram tomadas a fim de estabelecer o equilíbrio econômico financeiro do órgão

Da redação

Em abril de 2018, o Portal Coelhense divulgou uma matéria que apontava que 44% da população de Engenheiro Coelho não pagava a conta de água. Desse percentual, apenas 30% daqueles que pagavam, efetuavam o pagamento até a data do vencimento. A negligência gerou um grande déficit de caixa e para driblar a alta taxa de inadimplência no município, o Serviço de Água e Esgoto (Saeec) adotou maneiras alternativas de efetivar as cobranças.

O primeiro passo se deu com a atualização do banco de dados por meio de notificações extrajudiciais realizadas pessoalmente, iniciada há dois meses, sob pena de incluir o nome do devedor no Serasa. Com uma logística de notificação baseada nas rotas de leitura (dos hidrômetros), a equipe técnica do Saeec programou todas as rotas de maneira que pudesse realizar o trabalho de forma mais rápida e efetiva, além de eliminar os riscos de extravios em casos de entrega pelos Correios.

A medida permitiu que o técnico percebesse situações impróprias como imóveis demolidos que ainda recebiam cobranças. Somando isso ao fato da intensificação dos cortes, o Saeec obteve um resultado financeiro muito melhor do que em 2017, quando a adesão ao Refis teve a participação de apenas uma pessoa. Segundo o procurador jurídico da instituição, Erismar Bastos, todas essas providências apontam para a melhora do processo administrativo, que inclui a atualização de sistemas e softwares, e tem como meta gastar apenas o que se ganha.

Como parte dessa nova direção, o órgão passou a estabelecer parâmetros técnicos de qualidade. Ou seja, quem for participar do processo licitatório, deve fornecer produtos de qualidade, com garantia de uma durabilidade maior. “Este é um gasto que nós temos agora, para gastar bem menos no futuro”, explica Bastos. De acordo com o representante, esta é a primeira premissa da instituição, uma vez que o custo para se aliar à uma Agência Reguladora e obter dinheiro para investimentos é muito alto para o município, e a solicitação pela mesma foi vetada duas vezes pela Câmara Municipal de Engenheiro Coelho.

Segundo o Serviço de Água e Esgoto, ainda há muitas mudanças pela frente como a troca de adutoras (tubulação), a malha de distribuição de água no município, principalmente na região central, a qual fora instalada há mais de 40 anos. “Com a falta de verba, é necessário tomar estas e outras medidas para estabelecer um equilíbrio econômico financeiro até o final do ano”, destaca.

Outra providência que está sob análise até dezembro deste ano em decorrência das inadimplências dos moradores é a inclusão da taxa de esgoto, amparada pela lei n° 11.445 de 2007, que garante a cobrança de 100% da taxa de esgoto, uma vez que 100% dele é tratado. Este percentual se refere a toda a área sob responsabilidade do Saeec. Segundo o procurador, Engenheiro Coelho hoje tem 100% do esgoto tratado, todavia, todo o processo para que a água passe pelo tratamento adequado e retorne à natureza de maneira adequada requer um custo que atualmente não é cobrado.

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