21/07/2017

Taxa de mortalidade infantil cresce em Engenheiro Coelho

Ranking classifica município como um dos 8 piores da RMC

Da redação

Engenheiro Coelho está entre os municípios com maior taxa de mortalidade infantil da Região Metropolitana de Campianas (RMC). Oito das 20 cidades da RMC apresentaram aumento nos índices coletados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Atrás apenas de Americana (SP), que demonstrou aumento de 66% nas taxas municipais de mortalidade infantil, Engenheiro Coelho, registrou um aumento de 53,8% no período entre 2010 e 2014.

De acordo com a pesquisa da Fundação Seade, “a taxa de mortalidade infantil é utilizada para aferir as condições de saúde da população, especialmente das crianças”, e o indicador é calculado através de pesquisa contínua junto aos cartórios de registro Civil de todos os municípios paulistas, levantando os registros de nascidos vivos e de óbitos ocorridos a cada ano.

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Precauções

De acordo com a Ginecologista e Obstetra Dra. Camila Ventura, todo cuidado é pouco quando se fala de gravidez e recém-nascidos. Para a médica, é possível que as taxas de mortalidade infantil sejam controladas principalmente através de visitas aos profissionais de saúde. “Toda gestação demanda acompanhamento e cuidados especiais, e isso serve tanto para a saúde das mães, quanto para a dos bebês. É importante que cada mulher tenha a consciência de procurar atendimento médico logo após descobrir a gravidez”, explica a Dra. Camila.

A especialista ainda comenta que o acompanhamento médico pode prevenir muitas doenças que, ao longo da gestação, se tornariam fatais à gestante e à criança. “Existem inúmeros problemas de saúde que são diagnosticados através dos exames do pré-natal. Esse é um meio bastante eficiente de prevenção à doenças que acarretam óbitos de crianças na mais tenra idade”, finaliza a profissional da saúde.

Dados obtidos no site oficial da Prefeitura de Engenheiro Coelho afirmam que as taxas de mortalidade infantil do município cumprem com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. No site, a taxa municipal de mortalidade infantil divulgada pelo Executivo é de 16,5 para mil nascidos, cerca de 8% menor que a taxa máxima para o país, que é de 17,9.

Dados do Estado de São Paulo

Em outubro de 2015, a Fundação Seade divulgou dados sobre a mortalidade infantil em São Paulo no boletim “SP Demográfico”. De acordo com dados do órgão, “o boletim detalha informações sobre os eventos vitais associados à dinâmica da população e subsídios sobre a mortalidade infantil no Estado de São Paulo em 2015”. Na pesquisa mais recente, a taxa de mortalidade infantil em 2015 alcançou a menor taxa já registrada nos últimos anos no Estado de São Paulo: 10,7 óbitos de menores/mil nascidos vivos.

Confira a divisão entre os tipos de óbito infantil: neonatal precoce (entre 0 e 6 dias completos de vida), neonatal tardio (de 7 a 27 dias) e pós neonatal (28 a 364 dias completos de vida). Segundo o boletim, “a redução da mortalidade neonatal precoce e tardia tem sido menor que a pós-neonatal devido a sua complexidade, que demanda investimentos de alto custo e serviços hospitalares com elevados padrões tecnológicos, como por exemplo, as UTIs neonatais.”

Dessa forma, o Observatório Metropolitano de Indicadores (OMI) da Agemcamp levantou os dados sobre a mortalidade infantil da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e constatou que a taxa de mortalidade infantil em 2015 atingiu 8,58 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. Já as taxas específicas de mortalidade infantil também apresentaram índices baixos, tais como: 5,96 óbitos de menores no período neonatal, 4,48 óbitos no período neonatal precoce e 1,48 óbitos no período neonatal tardio.

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