29/06/2023

Vereador causa polêmica durante sessão em Engenheiro Coelho ao gritar e dar tapas na mesa

Frases como “Você vai gritar assim com seu marido!” e “Se alguém interromper a minha fala eu vou pedir para o Guarda que retire” foram expressadas no ambiente democrático

Da redação

Na última sessão do município de Engenheiro Coelho um incidente chamou a atenção dos presentes e gerou polêmica. O vereador Cristiano Wagner Gomes, do partido PSD, protagonizou momentos de exaltação gerando tensão e desconforto no ambiente legislativo.

Durante a sessão, Cristiano Wagner Gomes, conhecido como Wagner da Ambulância, demonstrou uma postura agressiva e destemperada. Em diferentes ocasiões, o parlamentar deu tapas na mesa e elevou o tom de voz, chegando a gritar no microfone. Além disso, recusou-se a registrar seu voto de forma adequada, demonstrando desrespeito às normas estabelecidas.

Um episódio particularmente preocupante ocorreu quando o vereador direcionou falas à única mulher parlamentar presente na Casa de Leis, a vereadora Flávia Guimarães que é 2ª Secretária e componente da mesa diretora. Ele dirigiu-se a ela gritando: “Você vai gritar assim com seu marido!” Tal atitude revelou um comportamento machista e desrespeitoso para um ambiente democrático.

A conduta do vereador não se limitou a isso. Em sua fala, ele ameaçou dar voz de prisão para aqueles que ousassem interrompê-lo: “Se alguém interromper a minha fala eu vou pedir para o Guarda que retire!”. Inclusive orientando outro vereador a fazer o mesmo: “Você dentro do regime pode mandar prender, se ele tá desacatando pode mandar prender!”, afirmou, referindo-se aos manifestantes presentes.

Momentos mais tarde a vereadora Flávia trouxe um discurso emocionado sobre os comportamentos machistas que vem sofrendo e se referiu, também, ao vereador Salvador Figueiredo de Souza, que pediu mais atenção a vereadora de forma pejorativa por um erro na chamada “Eu sou a única mulher representante nessa Câmara e muitas vezes eu já fui coagida pelo senhor!  E eu acredito que por ser mulher a gente sofre muito mais inibição, por ser mulher e representar o grupo feminino. Porque eu nunca vi você aqui encarando outro homem e ficar o tempo todo querendo corrigir ou chamar a atenção, mas como eu sou mulher a gente enfrenta essas situações!”

Ainda sobre coação Flávia defendeu: “Assim como outras aqui foram coagidas de falar e de se manifestar, aqui é sim a Casa do Povo, e talvez, se tivesse homens fortes aqui ninguém ia receber ameaça de prisão, mas como são mulheres batalhadoras representando a população coelhense foi dirigido a elas, elas foram coagidas. E eu agradeço aos policiais que respeitaram o momento de manifestação da população. Deixo minha indignação especialmente para as mulheres!” finalizou.

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