Zeedivaldo destaca Engenheiro Coelho em transformação

 

Da Redação | Especial

Há 120 dias no comando da Prefeitura de Engenheiro Coelho, Zeedivaldo Miranda (PSB), destaca os desafios que têm enfrentado com criatividade e otimismo de olho em um futuro promissor. Em entrevista ao Portal Coelhense, o chefe do executivo, relatou que a pandemia apresenta desafios enormes diante do orçamento restrito do município e com uma estrutura na área de saúde defasada nos últimos 8 anos.

A perspectiva de crescimento esbarra na falta de estrutura, saneamento e um parque industrial que começa a ser revitalizado. Confira a entrevista exclusiva que destaca como o prefeito Zeedivaldo Miranda tem trabalhado para transformar a cidade coelhense.

Como é gerenciar Engenheiro Coelho neste momento de Pandemia?

Eu digo que ser Prefeito em uma cidade pequena como Engenheiro Coelho não está fácil, e ser médico, mais difícil ainda. Temos enfrentado muitas dificuldades. Hoje temos um número de óbitos chegando a 30, 40 pessoas, sendo que no ano de 2020 o total de óbitos foi de 22 pessoas. Logo completaremos 5 meses de governo e já temos 18 óbitos.

Inauguramos um departamento de pronto atendimento para pessoas com sintomas de Covid. Chegamos a atender, 15 dias atrás, de 18 a 20 pessoas. Hoje estamos atendendo entre 70 e 80 pessoas. Estamos na eminência de uma terceira onda.

Nosso povo é muito festeiro, se aglomera muito e estamos tendo dificuldade de controlar essas aglomerações. Tem sido uma luta muito grande com a comunidade, com os profissionais de saúde dando assistência à população.

Temos uma vacinação muito lenta. Hoje temos pouco mais de três mil pessoas vacinadas, mas acredito que a vacina não é solução, mas uma forma de amenizar os quadros agudos e críticos da pandemia, nos sinais e sintomas da Covid. Estamos na luta.

Acredita que as medidas adotadas contra a Covid têm sido eficazes?

Sim. As medidas têm sido eficazes. Temos orientado nosso departamento de saúde para que façam um tratamento mais precoce, com raio-x, sinais e sintomas, exames e uma vigilância em seus domicílios de sinais e sintomas. Temos bastante sucesso nisso, mesmo com dificuldade de controle de distanciamento das pessoas. Acredito que o município está sendo eficaz através da vigilância e do atendimento do covidário.

Qual foi a situação que o senhor encontrou a Prefeitura no dia 1º de janeiro?

Encontrei uma Prefeitura com dificuldades em vários setores, como: maquinários, funcionários com muitos anos sem dissídio, salários baixos. Hoje temos que obedecer toda a estrutura deixada, pois esse ano é um ano diferente.

Não podemos contratar, não podemos dar aumento e nem mexer na avaliação de aumento da folha. Temos dificuldades com mão de obra, insumos, hoje não temos mão de obra como varredor de rua. Os secretários de departamento têm dificuldade para manter a cidade limpa e organizada.

Encontramos a cidade com muita dificuldade e com poucos recursos. Estamos ajustando as contas, chegamos a ter quase R$ 15 milhões de dívidas, com maquinário sem fazer manutenção. Aos poucos estamos arrumando a casa.

Como avalia o Governo Municipal nesses 120 dias de gestão?

Eu avalio de uma forma bastante positiva. Temos uma equipe trabalhadora, bastante engajada e que tem um sonho de ter uma cidade mais moderna, uma cidade que se sente o privilégio e o prazer de se escolher para viver.

Estamos trabalhando na revitalização das praças, uma revitalização no trânsito, que está sendo muito importante. Temos grandes sonhos para que a cidade volte a crescer e que tenhamos um espaço para as pessoas vivam bem. Nesses 120 dias já fizemos bastante coisa e estamos só iniciando.

Quais são as maiores dificuldades?

Digo que a maior dificuldade hoje é o recurso humano. O departamento de Saúde está precisando de enfermeiros, técnicos de enfermagem e recepção. Os nossos postos de saúde estão faltando recursos humanos, a maioria dos nossos agentes comunitários estão deslocados para ajudar em outros departamentos. Então a nossa maior dificuldade hoje é de recurso humano, na limpeza, na assistência à saúde, nas recepções, nos convênios.

Como pretende enfrentar esta dificuldade?

Com muita criatividade e com muita economia. Vamos promover alguns contratos emergenciais via consórcios para suprir essa necessidade para que a cidade não fique à mercê. Temos dificuldade também na segurança, porque o nosso contingente de guardas municipais hoje é a metade daquilo que nós precisamos. Isso faz com que os policiais trabalhem muito e exageram na hora extra, porque estão trabalhando e a gente tem dificuldade de pagar altos salários, pois não temos recursos humanos. Hoje nós precisamos ter um contingente de 28 a 30 pessoas. No entanto, temos na rua 14 ou 15 pessoas somente.

Como pretende ser lembrado como prefeito? Qual legado quer deixar?

O nosso legado é bastante otimista. Eu acredito que esses 4 anos vão dar uma credibilidade para a próxima administração fazer uma gestão de 20 anos. A cidade precisa de muito investimento na água, no esgoto, na iluminação pública. Nós estamos no desafio de preparar o departamento de indústria e comércio. O nosso local de indústria está sendo revitalizado, asfaltado, colocando a água e esgoto para que possamos receber empresas e empresários para investir no município. Nós temos muitos anos que os empresários deixaram de ver Engenheiro Coelho como um local de bom investimento. Estamos convidando as pessoas para conhecerem a nova estrutura que Engenheiro Coelho está preparando. Já temos aprovado na Câmara um plano de lei que nós podemos contemplar as pessoas, os investidores, os empresários com isenção de imposto para que ele venha para a cidade e aqui prospere e dê muitos empregos.

Todo aniversariante espera um presente. O que a cidade de Engenheiro Coelho ganha neste 19 de maio?

19 de maio é uma data difícil de se comemorar nesse momento. Nós estamos entrando numa terceira fase da Covid. Tínhamos hoje (17/05) uma sessão de câmara já planejada, já comunicamos ao presidente, entramos neste final de semana na fase vermelha.

Nós tínhamos, para ter uma ideia, na última semana, 9 pessoas na residência com Covid aguardando a quarentena e a sua evolução, hoje temos mais de 50. Voltamos a ter 4-5 pessoas na UTI, tivemos óbito nesta semana, e a restrição de aglomeração continua.

A cidade vai passar o aniversário com mais cautela, com mais cuidado. O que temos de legado para esta data é que vamos trabalhar muito para que a cidade volte a crescer e tenha outros momentos de contemplar o aniversário com mais alegria, sem tristeza de perda e luto. Acredito que nosso trabalho vai fazer com que Engenheiro Coelho tenha novos 19 de maio para festejar e contemplar uma cidade diferente.

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